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Ídolo do Cruzeiro e Galo, Palhinha morre aos 73 anos

Jogador foi artilheiro da Libertadores de 1976 conquistada pelo Cruzeiro./ Foto: Reprodução.

Leonardo Pedro

PASSOS – O ex-jogador de Cruzeiro, Atlético e Corinthians, Vanderlei Eustáquio de Oliveira, o Palhinha, morreu na manhã de ontem, 17, aos 73 anos. O mineiro estava internado em um hospital de Belo Horizonte nos últimos dias, por decorrência de uma infecção.

Palhinha é um dos maiores ídolos da Raposa. É o nono atleta com mais partidas pela equipe celeste (434) e o sétimo maior artilheiro (145). Entre suas conquistas, destaca-se a Copa Libertadores de 1976, a qual foi artilheiro, com 13 tentos. Também soma sete troféus do Campeonato Mineiro, entre as décadas de 1960 e 1980.

O atacante também defendeu as cores do rival Atlético, em 1980 e 1981. Em 77 jogos pelo Galo, marcou 22 vezes e levantou duas vezes a taça do Campeonato Estadual. Já no fim de carreira, defendeu o América, o que faz dele um dos poucos atletas que atuaram no trio dos grandes clubes mineiros. Palhinha foi o quarto a atingir o feito.

Lista de jogadores que atuaram no trio mineiro: Nikão (meia-atacante), Patric (lateral-direito), Guilherme (meia-atacante), Juninho (goleiro), Fred (atacante), Alessandro (atacante), Evanílson (lateral-direito), Fábio Júnior (atacante), Alex Mineiro (atacante), Valdir Todinho (volante), Marco Antônio Boiadeiro (meia), Geraldo Fonseca (meia), Éder Aleixo (atacante), Toninho Cerezo (meia), Palhinha (atacante), Spencer (volante), Hélio (goleiro) e Mussula (goleiro).

Início de carreira

Palhinha começou sua carreira na região do Barreiro, em Belo Horizonte, aos 10 anos. Foi descoberto pelo treinador, Lincoln Alves, do futebol de salão do Cruzeiro, aos 14 anos, onde passou a jogar como ala esquerdo. No ano seguinte, foi jogar no juvenil de campo e aos 18 anos, estreou nos profissionais.

Foi, na época, um reserva de luxo, um tapa-buraco do time, visto que disputava posição com fenômenos do futebol, como: Dirceu Lopes, Tostão e Evaldo. Após a venda de Tostão para o Vasco da Gama, em 1972, passou a ser o titular do time.

Herói do título paulista de 1977

Palhinha chegou ao Corinthians em 1977, comprado por um milhão de dólares, a maior transação do futebol brasileiro na época, segundo o site do clube paulista. O mineiro chegou ao Alvinegro do Parque São Jorge com status de craque, e ficou até 1980, quando se transferiu para o Galo.

No decorrer das quatro temporadas, conquistou os Paulistas de 1977 e 1979 e a Taça Governador do Estado em 1977. Foram 148 partidas representando o Corinthians, 43 gols marcados e 12 assistências.

Ele anotou o gol da vitória por 1 x 0 sobre a Ponte Preta, no primeiro jogo da decisão de 1977 (título que tirou o Timão da fila de 22 anos sem conquistas), e nas duas vitórias sobre a mesma adversária, na decisão de 1979. Foi também o artilheiro corintiano na primeira participação na Libertadores da América, com três gols marcados.

O atacante se aposentou em 1985 e logo depois virou treinador. Comandou, inclusive, o Corinthians em 1989 durante quatro meses. Foram 24 jogos à frente da equipe, sendo 12 vitórias, três empates e nove derrotas.

Palhinha também comandou: América, Atlético, Rio Branco-MG, União São João, Ferroviário, Inter de Limeira, Cruzeiro e Villa Nova. Ao contrário da vitoriosa carreira como atleta, não somou nenhuma conquista como técnico.

Palhinha comemora gol do título paulista de 1977./ Foto: Reprodução.

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