Carlos Renato

PASSOS – Até a última terça-feira, 35 pessoas foram hospitalizadas com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em hospitais da região e oito pacientes haviam morrido em decorrência da doença neste ano.

No dia 29 de abril, eram 28 pessoas hospitalizadas e sete óbitos, o que representa um aumento de 25% nas notificações de internação e de 14,29% nos óbitos em uma semana, segundo informações do Painel da Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Minas Gerais (SES-MG) atualizadas até o dia 6 deste mês.

De acordo com o painel, foram duas mortes em Passos e duas em São Sebastião do Paraíso. Os outros óbitos são de pacientes de Delfinópolis, Monte Santo de Minas, Nova Resende e Pimenta, com uma morte em cada município.

Vinte casos são de SRAG por covid-19, o que representa 58,52% das notificações; sete foram por influenza (20,59%); cinco são de SRAG não especificado (14,71%) e dois por outro vírus respiratório (5,88%). Um caso ainda não foi divulgado a causa. Em relação aos óbitos, seis foram relacionados à covid.

A maior incidência das internações por SRAG na região ocorreu em pessoas com idade entre 60 e 69 anos, com oito notificações, seguida pelas faixas entre 70 e 79 anos (sete notificações) e 80 a 89 anos, com seis registros.

Entre pessoas com 1 a 9 anos foram cinco hospitalizações e, na faixa de 30 a 39 anos, três casos. O painel também registra duas notificações em pessoa entre 20 e 29 anos e um caso na faixa dos 50 aos 59 anos e outro em menor de um ano de idade.

Conforme aponta o painel, seis dos oito óbitos em decorrência de SRAG registrados na região neste ano ocorreram entre pessoas com idade entre 60 e 89 anos, sendo dois na faixa de 80 a 89, um na faixa de 70 a 79 e três na de 60 a 69 anos de idade. O painel também registra uma morte de paciente com 30 a 39 anos e um entre 1 e 9 anos de idade. Entre os óbitos, seis foram de pacientes do sexo masculino e dois do sexo feminino.

Em Passos, o painel aponta que seis pessoas foram hospitalizadas com SRAG em 2025. Paraíso registra 11 hospitalizações. Piumhi, não teve registros de SRAG neste ano.

Santa Casa

A Santa Casa de Misericórdia de Passos contesta a informação sobre suposta superlotação em decorrência da SRAG no hospital, mas aponta que, diante do recente aumento de casos da doença em diversas regiões de Minas, houve um crescimento na demanda por leitos de enfermaria e de terapia intensiva.

De acordo com nota divulgada à imprensa assinada pelo diretor técnico da instituição, José Ronaldo Alves, foi implantado um Plano de Contingência com monitoramento e avaliação diária da situação, de modo a assegurar a continuidade e a qualidade dos atendimentos prestados. Segundo a nota, até o momento, a situação sob controle.

Minas

Em Minas, foram 7.487 notificações de casos de SRAG com hospitalização e 438 óbitos até a última terça-feira. No dia 29 de abril, eram 6.741 internações e 402 mortes.

Na última quarta-feira, a SES realizou a primeira reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE-Minas-SRAG) para discutir as ações que serão adotadas em função do aumento do número de casos das doenças respiratórias no estado. O estado decretou, no dia 2 deste mês, emergência em saúde pública devido ao crescimento das notificações de SRAG.

Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES, Eduardo Prosdocimi, serão realizadas reuniões semanais para a consolidação e avaliação dos dados epidemiológicos, de assistência e de regulação de leitos de cada Unidade Regional de Saúde.

“Com o decreto de emergência e a implantação do COE, ampliamos o monitoramento dos dados, acompanhando a situação em todo o estado, para estabelecer as diretrizes do enfrentamento ao período sazonal das doenças respiratórias”, afirma.