Com a terraplanagem da fábrica da gigante Heineken no município de Passos MG. Inicia-se a obra da maior conquista industrial da região em todos os tempos. Tanto que a cana, outra indústria, tá no brasão da cidade mas é muito mais estranha a relação com o município que será a da Heineken, imagino num outro patamar e num espaço bem pequeno em relação ao canavial imenso. Na prática, significa muito em arrecadação e, por ser uma multi gigante, que disputa, por exemplo, o mercado internacional e nacional com outra gigante, a brasileira Ambev, é alvo de muita pressão de toda ordem e, assim, alcança-se padrões de produção e qualidade no ambiente de trabalho à altura dos questionamentos que são feitos sobretudo pela sociedade que a acolhe. Padrão de qualidade e luz em alguns temas já são benefícios, qualidade na geração de trabalho e renda são outros. A cidade deve acompanhar atenta a evolução das coisas, também no entorno da fábrica, para que aja responsabilidade no crescimento e que a própria fábrica funcione como um divisor de águas nas relações de trabalho, renda, qualidade de serviço e participação da comunidade.
Ricardo Piantino – Passos/MG E-mail: piantinoricardo@gmail.com
Mundo em transformação
É grave o engano de acreditar que apenas o Brasil mudou. O mundo mudou. A vida no planeta é outra, com 8 bilhões de pessoas e graves riscos de existência, pela lei da natureza (ambiental) ou lei do homem (socioeconômica). As duas decorrentes de um crescimento anárquico, desigual, sob narrativa e hegemonia imperial dos EUA. Não haverá saída pacífica sem mudança na estrutura decisória das nações (ONU). A guerra da Ucrânia retrata essa provocação. O desespero de um modelo econômico em decadência, sob a égide dos EUA, que não aceitam o fim da unilateralidade, da sua hegemonia. Um neoliberalismo econômico que não admite a industrialização dos rivais, não admite crescimento da China, reindustrialização brasileira (libertação sul-americana) e provoca golpes e guerras.
Antonio Negrão de Sá – Rio de Janeiro/RJ