6 de julho de 2023
Foto: Arquivo FM.
Luciene Garcia
PASSOS – Estudantes e professores do curso de Sistemas de Informação da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) em Passos estão criando um aplicativo para localização de túmulos nos dois cemitérios de Passos, o Municipal e o Senhor Bom Jesus dos Passos.
A proposta surgiu após o engenheiro cartógrafo César de Paula, que é estudante do curso de Sistemas de Informação consultar a professora Vânia Borges. “Tivemos a ideia de criar um grupo que pudéssemos trazer questões reais do contexto da cartografia que pudessem ser solucionados por meio de soluções provenientes da Tecnologia da Informação”, conta. Foi a partir deste diálogo que surgiu, no primeiro semestre de 2022. o Grupo de Pesquisa em Geotecnologias da Informação (GeotIn).
O primeiro objetivo foi desenvolver um aplicativo para a localização de jazigos no cemitério e o grupo recebeu adesão com novos integrantes. Com a chegada do professor Reni Norberto Pinto e a estudante Bruna Galdêncio Siqueira Silveira, a ideia se tornou um projeto de pesquisa voluntário.
“O objeto do projeto é oferecer um aplicativo de geolocalização de túmulos, trazendo um serviço de utilidade pública a população de Passos e também, trazendo mais um serviço de SmartCity para Passos”, afirma César. O aluno Gilberto Navarro Junior também entrou para a equipe após o início das atividades.
Na primeira etapa ocorre a realização de captura de imagens por um drone, que sobrevoa os dois cemitérios. A partir destas imagens, será gerado o ortomosaico dos cemiterios, de forma georreferenciada. Esta imagem será a base para a geração do mapa do cemitério e do entorno. Na segunda fase, acontece a geração do ortomosaico e vetorização dos objetos, neste processo acontece a produção do mapa do cemitério com a localização de cada túmulo.
“Análise, validação e edição do banco de dados fornecido pela Sociedade São Vicente, onde se tem o nome das pessoas sepultadas e em qual túmulo estão (considerando o número da rua e o número do túmulo). Nesta fase foram encontradas muitas inconsistências entre o banco de dados e a correspondência no cemitério. Para solucionar estas inconsistências tivemos que realizar algumas idas in loco e compreender o que de fato estava acontecendo e arrumar no banco de dados”, afirma o estudante sobre a terceira etapa do projeto.
Na quarta etapa, o Sistema de Informação Geográfica (SIG) é gerado, “que consiste na etapa de combinação dos dados tabulares do banco de dados, associando os mesmos a um dos vetores dos túmulos. Nesta fase, ao se verificar as informações presentes no vetor de um determinado túmulo, o mesmo irá trazer as informações de cada pessoa ali sepultada”, aponta. Após este procedimento, chega o momento da criação do protótipo do aplicativo, levando em consideração o layout, as funcionalidades, forma de consulta e outros detalhes.
Já na etapa final acontece o desenvolvimento do aplicativo para ser disponibilizado para uso da população com mapas e rotas para os usuários.
César também frisa que existe outra possibilidade de implementação no aplicativo, que está sendo analisada para ser desenvolvida, “obter as fotografias de cada túmulo e associar elas junto à ferramenta de consulta que, além de mostrar a localização do túmulo consultado, o usuário também poderá ver o estado de conservação do jazigo da família”, conclui. O Grupo de Pesquisa em Geotecnologias da Informação (GeotIn), atualmente desenvolve várias atividades além do projeto sobre o aplicativo para geolocalização de túmulos.