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Governo deve reunir com professores e servidores para negociações sobre a greve

15 de maio de 2024

Está programada uma nova sessão da Mesa Específica e Temporária da Educação com o MGI, com a perspectiva de alcançar progresso nas negociações sobre o reajuste salarial / Foto: Reprodução

PASSOS – Os representantes do governo federal devem se reunir nesta quinta-feira, 16, com professores de universidades e institutos federais, bem como com servidores técnico-administrativos (TAEs) para novamente, apresentar debates de contrapropostas sobre pautas reivindicadas pela greve.

Há aproximadamente um mês, o governo apresentou uma proposta de reajuste salarial de 9% para o ano de 2025 e 3,5% para 2026 para as categorias, sem qualquer aumento previsto para 2024. A proposta implica em um reajuste de 12,5% ao longo de dois anos, o que, somado ao aumento linear de 9% concedido em 2023, totaliza 21,5%.

Após consultar suas bases, as entidades devem apresentar ao governo contrapropostas solicitando algum tipo de correção ainda em 2024. Na última segunda-feira, 13, ocorreu uma reunião com o Ministério da Educação (MEC) para discutir questões não financeiras.

Para quarta-feira, 15, está programada uma nova sessão da Mesa Específica e Temporária da Educação com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), com a perspectiva de alcançar progresso nas negociações sobre o reajuste salarial.

Durante entrevista na última semana para o programa “Bom dia, presidente” da EBC, Lula expressou preocupação com as greves recentes dos servidores das universidades federais. O ex-presidente afirmou que o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) está elaborando uma proposta para alcançar um acordo.

Servidores

Os servidores técnico-administrativos da área de educação classificaram de “irrisória e decepcionante” a proposta inicial apresentada pelo governo federal há cerca de um mês. Além de reivindicar, inicialmente, uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, dependendo da categoria, os servidores pedem a reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes; a revogação de “todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”, bem como a recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.

De acordo com o Sinasefe, o termo apresentado pelo governo, até o momento, não recompõe salários nem reestrutura as carreiras. “A proposta do governo foi de um reajuste de 9% para janeiro de 2025 e 3,5% para maio de 2026. Isso significa a manutenção do congelamento salarial para 2024”, avaliou o sindicato na ocasião.