29 de junho de 2024
Empresa alega que tomou todas as providências para resolver e minimizar os problemas referentes às frotas dos ônibus / Foto: Reprodução
CARLOS RENATO
PASSOS – A Viação Gardênia aponta estranheza e preocupação em relação à publicação do decreto na última quinta-feira, 27, que suspendeu a operação de 34 contratos da empresa por 90 dias.
A Gardênia, que atua no transporte rodoviário de passageiros da capital mineira para as regiões Sul e Sudoeste do estado e interior e capital paulistas, alega que a medida deve agravar a crise que enfrenta neste ano.
Segundo informações do coordenador do Plano de Reestruturação da Gardênia, Leonardo da Silva, a empresa respondeu, no prazo de 10 dias, todos os ofícios emitidos pela Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), momento que foi ressaltado ao órgão o conjunto de providências que foram adotadas para resolver e minimizar os problemas referentes às frotas dos ônibus.
De acordo com o coordenador, em respostas às exigências solicitadas pela secretaria, a empresa protocolou diversos ofícios considerando as obrigações estipuladas pelo regulamento. Ele afirma também que foram vistoriados e liberados pelo órgão mais de 30 veículos que estão aptos para proceder a retomada das linhas.
Segundo Leonardo, o poder concedente não teria respondido a nenhum dos expedientes e alguns já estão com mais de 30 dias sem resposta.
Ainda de conforme o coordenador, a Gardênia busca a mediação para a solução do problema com a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), a fim de que não necessite adotar outras providências para além da esfera administrativa.
“Esperamos que o governador Romeu Zema, com a sensibilidade de homem público que lhe é peculiar, nos ajude a preservar os empregos de diversas famílias que dependem da empresa para o sustento”, afirma o coordenador do Plano de Restruturação da empresa.
Suspensão
Segundo a Seinfra, o decreto que suspendeu a operação dos 34 contratos da Viação Gardênia na região é uma das medidas do desdobramento da Operação Ponto Final, que deflagrou ações de fiscalização em abril e maio para apurar irregularidades na prestação do serviço de transporte intermunicipal pela empresa.
Durante as abordagens, fiscais da Seinfra e do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) foram retirados de circulação 34 veículos em decorrência de problemas mecânicos, irregularidades em itens de segurança e documentação, além de descumprimento do quadro de horários.
Na ocasião, a Seinfra abriu processo administrativo para apurar as infrações, aplicar as sanções e garantir a ampla defesa da empresa, conforme decreto que regulamenta o serviço de transporte coletivo intermunicipal e metropolitano em Minas Gerais.
Coube à empresa sanar os problemas identificados na frota e reapresentar os veículos para nova vistoria.