PASSOS – O Atlético firmou um novo acordo com o ex-meia Ronaldinho Gaúcho para liquidar uma dívida considerável. Os detalhes dessa resolução foram submetidos à Justiça em 27 de março.

A empresa Planet Invest foi estabelecida em maio de 2009, com base em Porto Alegre. Sob a gestão de Roberto de Assis Moreira e Deisi de Assis Moreira, irmãos de Ronaldinho, a empresa recebia os direitos de imagem provenientes dos contratos firmados entre o ex-jogador e os clubes pelos quais ele atuou.

Em abril de 2021, ocorreu a homologação de um acordo entre a Planet Invest e o Atlético na 36ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte. O Atlético comprometeu-se a pagar R$ 6,2 milhões em 31 parcelas de valores diversos, porém, a partir de novembro de 2022, o clube entrou em inadimplência.

Em fevereiro de 2023, Sérgio Felício Queiroz, advogado de Ronaldinho e representante da Planet Invest, entrou com uma petição na Justiça, informando o atraso nos pagamentos. O valor pendente era superior a R$ 4,4 milhões.

Em maio do ano passado, o Atlético teve valores bloqueados em suas contas bancárias pela Justiça, devido às pendências com Ronaldinho. Desde então, as partes estavam em negociações para alcançar um novo acordo visando a quitação dos valores devidos.

A nova composição entre o Atlético e os representantes de Ronaldinho, firmada em 27 de março, estipula o pagamento exato de R$ 4.195.912,23 por parte do clube mineiro, já incluindo os honorários advocatícios. Esse montante será quitado em quatro parcelas mensais, iguais e consecutivas, no valor de R$ 1.048.978,05 cada uma.

A primeira parcela venceu em 10 de abril e foi totalmente depositada pelo Atlético aos requerentes. As próximas parcelas vencem em hoje, 10 de maio, 10 de junho e 10 de julho. Segundo o acordo, há uma multa de 10% sobre o valor de cada parcela em caso de inadimplência por mais de 10 dias corridos após o vencimento.

Em um processo de reestruturação financeira após a mudança para Sociedade Anônima de Futebol (SAF), o Atlético está empenhado em várias frentes para diminuir seu endividamento geral. Desde a transição para clube-empresa, o Galo conseguiu reduzir seus débitos de R$ 2,1 bilhões para R$ 1,3 bilhão até o final de 2023.