Yngrid Horrana
FORTALEZA DE MINAS – Na tarde desta terça-feira, 25, a Secretaria de Saúde de Fortaleza de Minas começou o agendamento para 220 vagas de consulta com oftalmologista. Os interessados devem procurar as unidades do Programa Saúde da Família (PSF) e outros pontos de saúde do município, das 7h às 16h, de segunda a sexta-feira. O prazo para cadastramento será até o dia 10 de maio.
As consultas serão marcadas para o dia 15 de maio e a previsão é oferecer 220 vagas para a população. De acordo com a secretaria, as 220 consultas devem ser realizadas em um único dia, no antigo prédio da Escola Municipal Alzira Alves, na rua Padre Licínio, 284, bairro Bom Jesus.
Segundo a secretária de Saúde do município, Edina Aparecida Gonçalves, o mutirão começa às 7h e o objetivo é atender 25 pacientes por hora. Ela afirma que haverá uma equipe de dez profissionais de saúde, provenientes de Belo Horizonte, para atuar no programa, sendo um médico oftalmologista e nove assistentes.
Caso o profissional identifique alguma deficiência na visão do paciente e o uso de óculos seja recomendado, a prefeitura vai arcar a armação do material. O paciente ficará responsável pelo custo com a lente.
No caso de pessoas diagnosticadas com doenças oculares que exigem a realização de procedimento cirúrgico, o médico deverá encaminhar o paciente para tratamento, com agendamento da operação pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com secretária de Saúde, cerca de 30 pessoas estão na lista de espera para cirurgia de catarata.
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Segundo a secretária, o intuito do mutirão é fazer com que “o paciente não precise se deslocar até Passos”. Ela explica que embora o acesso à assistência oftalmológica seja limitado para os moradores de Fortaleza, no momento, a prefeitura não planeja investir nessa área devido à baixa demanda da população. O atendimento oftalmológico mais próximo dos moradores de Fortaleza de Minas se concentra na cidade de Passos, onde consultas particulares custam em média R$285.
Em 2019, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que cerca de 35 milhões de pessoas são afetadas por problemas de visão no país. Em estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP), o presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Ricardo Paletta Guedes, aponta que a má distribuição dos profissionais da especialidade dificulta o acesso da população de baixa renda à assistência ocular.