28 de março de 2025
OBJETIVO É PREPARAR A REDE ASSISTENCIAL PARA O MANEJO CLÍNICO ADEQUADO DA DENGUE, CHIKUNGUNYA, ZIKA VÍRUS E FEBRE AMARELA / Foto: Reprodução
PASSOS – A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Passos promoveu, na última quarta-feira, 26, uma capacitação para a atualização das equipes médicas e de enfermagem dos municípios sobre a assistência à população em caso de arboviroses.
A ação foi realizada pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Força Estadual do Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de preparar a rede assistencial para o manejo clínico adequado da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela.
A capacitação foi realizada na Câmara de Passos, para um público de 162 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam em hospitais, unidades de pronto atendimento e unidades básicas de saúde dos 27 municípios da área de abrangência da SRS Passos. O evento foi organizado pela Coordenação de Vigilância em Saúde (CVS), através do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nupevi).
De acordo com a superintendente da SRS Passos, Kátia Rita Gonçalves, com a Força Estadual do SUS/MG, a rede de assistência fica preparada para enfrentar o período sazonal das arboviroses, especialmente sobre o manejo clínico das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
“Durante o treinamento, foram abordados temas como a diferença entre os sintomas das doenças, exames indispensáveis para um diagnóstico preciso, medicamentos recomendados e os primeiros atendimentos fundamentais para evitar o agravamento da doença”, disse.
Membros
A Força Estadual do SUS/MG em Passos teve a presença da referência técnica da Coordenação Estadual de Vigilância das Arboviroses, Roseli Gomes de Andrade, do médico infectologista Luiz Carlos Coelho, e do enfermeiro Thiago Martins de Oliveira. As atividades foram divididas em duas turmas, sendo uma no período da manhã e a outra à tarde.
Segundo Roseli de Andrade, além de potencializar a assistência em arboviroses em todo o estado, a Força Estadual atua em outras situações em que a incidência de doenças e agravos foge da normalidade. “A Força está a postos para qualquer situação que gere desassistência à população. E, sob uma definição e avaliação da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, a Força é elencada para dar esse suporte para a questão das doenças transmissíveis”, observa.
Membro da Força Estadual, o médico infectologista Luiz Carlos Coelho destaca a necessidade de atualizar os profissionais da assistência, porque, além da dengue, há o avanço de outras doenças transmitidas por vetores, como a febre oropouche, a febre amarela e a chikungunya.
“É importante fazer essa capacitação com atualização de informações e protocolo, porque esses recursos humanos na saúde têm uma rotatividade muito grande. Então, é muito importante que os municípios deem espaço para os profissionais virem porque eles retornam para suas cidades e disseminam esse conhecimento, e ao mesmo tempo melhoram a assistência”, ressaltou.
Contribuição
Para a coordenadora do NUVEPI da Regional de Saúde, Márcia Aparecida Silva Viana, a Força Estadual irá contribuir para a redução do tempo de internação e de óbitos na região. “No ano passado, nós tivemos muitos óbitos por causa da dengue, que é uma doença da qual a gente domina todas as etapas, mas, mesmo assim, ela nos surpreendeu com mais de 90 óbitos de pessoas em várias fases da vida”, lembrou, acrescentando: “E o custo social de um óbito é muito grande. Então, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais está capacitando os médicos e enfermeiros para manejar os casos de suspeita de dengue de maneira oportuna.”
A coordenadora do Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses (Crea) da SRS Passos, Patrícia Mendes Costa, chama a atenção para a grande participação de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem na capacitação. “Foram mais de 160 inscrições entre médicos e enfermeiros, uma participação expressiva que demonstra o interesse destes profissionais em se qualificar para o atendimento adequado dos pacientes, evitando o agravamento da doença e redução no número de óbitos”, avaliou.