PASSOS – Atlético e Flamengo entraram em acordo na última sexta-feira, 23, pela venda do volante Allan. Os valores foram acertados e metas foram definidas, contudo, o clube carioca ainda não anunciou a contratação. O motivo para a demora é o impasse sobre o pagamento do mecanismo de solidariedade, que impede a assinatura das partes.
A divergência do momento é sobre quem assume o percentual referente ao mecanismo de solidariedade da Fifa entre o vendedor (Atlético) e o comprador (Flamengo). Há aplicações diferentes para clubes estrangeiros e brasileiros. O funcionamento dentro do mercado nacional abrange somente os clubes que Allan defendeu até os 19 anos. São eles Internacional, que fica com a maior fatia, Tanabi-SP e São Paulo.
Liverpool, da Inglaterra, SJK, da Finlândia, Sint-Truiden, da Bélgica, Hertha Berlim da Alemanha, Apollon Limassol, do Chipre, e Eintracht Frankfurt, também da Alemanha, clubes que Allan defendeu fora do país, também recebem com base na lei de mecanismo de solidariedade da Fifa.
O mecanismo pode beneficiar os clubes em até 5% do valor da venda, em caso de transferência internacional. Como a venda é entre clubes do mesmo país, a porcentagem cai para 2,5%.
A negociação geral está acertada em 8 milhões de euros (R$ 42 milhões) por 100% dos direitos econômicos do volante. Desse valor, o Galo tem 75%, ou seja, 6 milhões de euros (R$ 31 milhões). O total da transferência será pago em três vezes. A fatia maior é quitada no ato da compra e corresponde a um valor entre 40% e 45% do total. O restante será equacionado em duas parcelas em 2024.
Os 2,5% dos 8 milhões de euros são 200 mil euros. Convertido em reais, o valor é de R$ 1,05 milhão. Como Allan passou por três clubes em sua formação, até os 19 anos, o valor deve ser dividido proporcionalmente ao tempo e importância de cada um.