Destaques Geral

Femagri atinge recorde de público e tem alta no volume de negócios

24 de março de 2025

FEIRA DE MÁQUINAS, IMPLEMENTOS E INSUMOS AGRÍCOLAS RECEBEU 42,7 MIL PESSOAS, EM GUAXUPÉ/MG, O MAIOR NÚMERO DA HISTÓRIA DO EVENTO DE NEGÓCIOS PROMOVIDO PELA COOPERATIVA CAFEEIRA COOXUPÉ / Foto: Reprodução

GUAXUPÉ – Com a cotação do café em patamares recordes, a Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas (Femagri) atingiu um público de 42,7 mil pessoas, o maior já registrado, e teve alta no volume de negócios realizados durante o evento.

Promovida pela Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) entre os dias 19 e 21 deste mês reuniu cooperados/produtores de café e familiares do sul mineiro e da média mogiana do estado de São Paulo.

Segundo informações da Cooxupé, o preço do café, que ultimamente vem atingindo patamares históricos, estimulou o ambiente de negócios e os cafeicultores a investir em tecnologia para aumentar a qualidade na produção, elevar a produtividade e obter soluções sustentáveis para as propriedades.

A cotação do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, chegou a R$ 2.769,45 no dia 12 de fevereiro, o maior valor da série histórica do Indicador Cepea/Esalq, iniciada em 1996.

“Diferente das edições anteriores, grande parte dos nossos cooperados saiu da feira com negócios já efetivados. Antes, o orçamento era solicitado e as negociações fechadas posteriormente”, afirma o superintendente de Desenvolvimento do Cooperado, José Eduardo Santos Júnior.

O preço da commodity também incentivou os produtores a optarem pela operação Barter, quando o café vira a moeda de troca para o pagamento, negociando suas aquisições na Femagri em no máximo dois anos (2025/2026).

“A consciência econômica dos nossos cooperados nos chamou muito a atenção, pois, nos anos anteriores, a preferência deles era o financiamento em até cinco anos, mas hoje o negócio em menor prazo é mais vantajoso para eles, especialmente por conta de juros altos. Também é importante destacar que a opção em travar o café traz mais segurança ao cooperado, protegendo-o em relação aos custos de produção”, aponta José Eduardo.

 

A 24ª edição da Femagri mostrou os investimentos do produtor com foco já na safra do próximo ano e em sustentabilidade. Dentre as tecnologias que mais foram cotadas estão as máquinas para a colheita, como colheitadeiras de maior porte, e, também, para o processo pós-colheita.

Desafios

O balanço positivo conquistado em 2025 e os números históricos elevam os desafios para a Cooxupé, que já está pensando estrategicamente na edição da Femagri do próximo ano.

“A responsabilidade, certamente, só aumenta. No entanto, podemos antecipar que virão coisas melhores para 2026. Com a entrada da Cooxupé no mercado de grãos, a Femagri continuará, sim, com o seu foco em café, mas será uma feira mais mista, apresentando soluções para cereais, soja e milho. Trabalharemos nisso daqui para frente”, antecipa José Eduardo.

O presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, comemora os resultados. “Além do recorde geral dos três dias, também registramos um número de público superior em cada dia desta edição. A Femagri é uma feira de conhecimento e de tecnologia que já faz parte do calendário do produtor. O otimismo e o momento do preço do café superaram as nossas expectativas, que eram receber 35 mil visitantes”, finaliza.

A Femagri 2025 trabalhou o tema “Agricultura e mudanças climáticas: resiliência e oportunidades”. A feira contou com 120 expositores instalados em 153 estandes. Considerando a plataforma de exposição e a Fazendinha Sustentável, o evento apresentou mais de 12 mil produtos aos cafeicultores e agricultores mineiros e paulistas.

Foto: Reprodução