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F.I.S.T.

LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO

Um filme que fez sucesso e foi produzido em 1978, tendo Sylvester Stallone como personagem principal, foi o filme F.I.S.T, com a participação de vários artistas bem conhecidos dos amantes do cinema. As informações são do filme, da internet e redação nossa.

O filme, na verdade, é uma ficção que se espelha na história real de Jimmy Hoffa, o famoso, controvertido, polêmico e contraventor sindicalista, que por diversas vezes foi presidente de um dos maiores, senão o maior sindicato de caminhoneiros dos Estados Unidos da América do Norte. Hoffa, depois de fazer crescer o sindicato, se envolver com a máfia e ficar preso por alguns anos, desaparece misteriosamente algum tempo após sair da prisão.

No filme F.I.S.T, a narração, a história, acontece na cidade de Cleveland, em 1937. Quando tem início o movimento operário por condições melhores de trabalho, um carregador por nome Johnny Kovak (Sylvester Stallone), trabalha para uma companhia de caminhões chamada Consolidated, de propriedade de Talbot.

Ocorre a tentativa de um início de greve, os trabalhadores eram tratados com autoritarismo e de maneira injusta. Kovak tentou um acordo com a companhia e pensou que o acordo daria certo. Na manhã seguinte, ele e seu amigo Belkin receberam o comunicado de que estavam despedidos. Quando os trabalhadores iniciam, então, uma greve pacífica, Talbot ordena que os seguranças da companhia acabem com a greve. Um operário por nome Monahan perde a vida na confusão que se estabelece.

Kovak percebe que precisaria se envolver com Doyle, um gangster da máfia local que poderá lhe fornecer capangas que poderão enfrentar os ataques dos homens de Talbot. Com esse grande apoio ele consegue vencer a resistência da empresa. Assim, também consegue obter para os trabalhadores inúmeros benefícios para todos. Sua popularidade cresce, é claro! O sindicato se desenvolve, progride, fica mais rico e mais poderoso. Tal crescimento e poderio chega ao limite máximo no final dos anos de 1950. Nessa época, surgem escândalos de irregularidades nas contas de Graham, que era o presidente nacional do sindicato. Johnny Kovac, então, trabalha no sentido de forçar a renúncia do presidente e ocupa o lugar dele, torna-se o presidente nacional do sindicato. Acontece que o senador Andrew Madison, presidente de uma comissão que investiga a corrupção, está de “sentinela” em tudo e ataca.

Mesmo tendo sido a história e o filme inspirados na famosa trajetória real da vida de Jimmy Hoffa, o desenlace final não é o mesmo. Jimmy Hoffa desapareceu em 30 de julho de 1975, misteriosamente e nunca se conseguiu provar o que aconteceu. Mesmo depois de exaustivo trabalho das autoridades policiais de investigação, de inúmeras suposições e especulações por vários setores ligados ao sindicalismo, nada se provou. No filme F.I.S.T, o líder sindical, Johnny Kovak, é assassinado quando está saindo de casa, sem que especifiquem uma data e é onde termina a história, o filme. A única correlação com a vida de Johnny Hoffa é que ele desaparece, é dado como morto, sem explicação alguma. Sua morte é oficialmente reconhecida em 30 de julho de 1982.

F.I.S.T, para quem ainda não assistiu, é um filme que merece ser visto por quem gosta do gênero e, principalmente, por quem está ligado às causas dos trabalhadores empregados (operários) ou ainda pertença a algum sindicato de uma determinada categoria profissional. No Brasil, além dos sindicatos de empregados há também os sindicatos patronais. O importante é que os dois lados saibam defender seus interesses, saibam se entender entre eles, de forma pacífica, democrática, chegando sempre, em quaisquer demandas, a acordos que satisfaçam todos os envolvidos.

Sabemos que nas grandes cidades do Brasil, sempre houve sindicatos de empregados que tiveram força e poder de influenciar na política local das cidades, dos estados e até da nação. Muitos sindicalistas se tornaram políticos importantes e poderosos. As suspeitas de desmandos, de corrupção e politicagem sempre surgiram na mídia, algumas investigadas, outras, camufladas e deixadas para trás. Até porque, apesar de fortes evidências, não havia provas suficientes e muitas pistas apagadas para sempre. Não significa que não houve e não haja sindicatos dirigidos honestamente e com respeito aos interesses dos associados e respeito à legislação.

LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO, professor de oratória e de técnica vocal para fala e canto em Carmo do Rio Claro/MG, ex-professor do ensino comercial com reg. no MEC, formado no curso normal superior pela Unipac. E-mail: luizguilhermewintherdecastro@hotmail.com

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