BELO HORIZONTE – O Governo de Minas Gerais está reforçando as ações para coibir incêndios florestais criminosos e outras ações prejudiciais à flora e fauna, especialmente nesta época do ano, mais seca.
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), por meio do Comando de Policiamento de Meio Ambiente (CPMAmb), já intensifica as fiscalizações nos meses de julho e agosto, com operações e visitas aos produtores e moradores de toda zona rural do estado, com o objetivo de difundir as orientações sobre cuidados necessários. O planejamento inclui, ainda, a produção de spots com dicas de segurança, que serão veiculados nas rádios locais.
Sob coordenação do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), a PMMG atua, também, em cooperação em ações de fiscalização ambiental, treinamento de equipes técnicas e combate a incêndios florestais, com o objetivo de prevenir e reprimir crimes contra o meio ambiente e dar segurança às atividades sustentáveis, desenvolvidas nas áreas de proteção ambiental. Corpo de Bombeiros Militar (CBMMG) e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec) são outras instituições envolvidas no processo.
O fenômeno atmosférico-oceânico El Niño deve alterar o tempo no Brasil e em Minas Gerais em 2023. O fenômeno afetará principalmente a temperatura no inverno, segundo os estudos climatológicos mais recentes. Vale lembrar que o fator climático é decisivo para a severidade do período de incêndios, ainda que sejam anualmente dispostos recursos materiais e humanos em volumosa escala.
Ações de resposta
Diversos órgãos do Governo de Minas também atuam no combate de incêndios, dependendo, por exemplo, de onde eles ocorrem. O Corpo de Bombeiros inclui o emprego direto de militares e brigadas para realização do combate. Nesse sentido, as Unidades Operacionais do CBMMG estão em constante treinamento, sendo preparadas com antecedência e de forma padronizada.
Além das unidades especializadas, como o Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad), o CBMMG criou 17 Núcleos Incêndios Florestais (NIF), compostos por militares selecionados e capacitados para desenvolver ações especificamente relacionadas ao período de estiagem. Por meio dessa estrutura, é possível a rápida mobilização e resposta das equipes que, além de preparadas para a atividade, atenderão de acordo com os níveis de alerta. Estão incluídos, ainda, a locação de caminhonetes, o emprego do reforço operacional com os militares da administração e os já citados trabalhos integrados da força tarefa Previncêndio.
Ainda no contexto da resposta, há aeronaves com capacidade para combater incêndios florestais e grande potencial para minimizar os danos causados pelas queimadas no período de estiagem em todo o território mineiro. O CBMMG possui três helicópteros e aviões.
A última aeronave foi adquirida pelo Corpo de Bombeiros em 2022, tem autonomia de três horas de voo e capacidade de 1.893 litros de água, permitindo multiplicação da efetividade no combate.
Pelo IEF, que atua dentro das Unidades de Conservação (Ucs) estaduais, 280 brigadistas foram contratados para o período crítico de 2023 e já iniciaram os trabalhos. Eles estão distribuídos em mais de 37 unidades de conservação e bases operacionais do Previncêndio. Nas UCs estaduais, o IEF conta, também, com agentes e monitores ambientais, além de voluntários capacitados.
O instituto ainda dispõe de recursos para realização dos combates nas UCs estaduais. Na parte aérea, o órgão conta com dez aviões, oito helicópteros – sendo seis da PMMG – e três aviões de transporte também da PMMG, e um para identificação e monitoramento de incêndios florestais, do IEF. A frota de aeronaves da PMMG (helicópteros, aviões e drones), aliás, está distribuída estrategicamente em todo o território mineiro, em seis macrorregiões, e possui capacidade operacional de pronta resposta a qualquer demanda de proteção e ações de degradação do meio ambiente, a qualquer hora do dia e da noite.