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Esporotricose causa morte de 9 gatos em bairro de Paraíso

Doença é causada pelo fungo Sporothrix./ Foto: Reprodução.

Leonardo Natalino

S. S. PARAÍSO – Em 12 dias, nove gatos morreram em decorrência de sporotricose no bairro Santa Tereza, em São Sebastião do Paraíso. A doença é uma micose subcutânea causada por um fungo, o Sporothrix, e pode afetar animais, principalmente os gatos, e também o ser o humano. Em humanos, não é considerada uma doença grave, mas, nos gatos, pode ser fatal.

Em Passos, segundo informações do Núcleo de Controle de Zoonoses e Animais Peçonhentos e de clínicas veterinárias, apenas uma suspeita da doença foi registrada no município.

De acordo com moradores do Santa Tereza, os animais apresentaram dificuldade para respirar e lesões na cabeça e orelhas e, inicialmente, havia a suspeita de envenenamento. Após consulta a veterinários, foi constatado que eles estavam com esporitricose. Nos felinos domésticos, as feridas costumam aparecer na região da cabeça e nas patas e podem se espalhar pelo corpo. Os gatos também podem apresentar perda de apetite, emagrecimento, espirros e secreção nasal.

De acordo com o veterinários, Camilo Andrian, a doença tem maior incidência em gatos de rua e o fungo causador da enfermidade pode ser encontrado em plantas, espinhos de árvores ou em matéria orgânica em decomposição. “A última vez que atendi um caso de esporotricose foi há seis meses. Na maioria dos casos, atinge gatos de rua”, disse.

A doença pode ser transmitida dos animais para o ser humano por meio de arranhões, mordidas ou contato com secreções. Em humanos, os principais sintomas são nódulos avermelhados que se transformam em feridas, principalmente, na região das mãos, braços, pés, pernas e rosto. Muitas vezes, essas lesões aparecem enfileiradas. A pessoa também pode apresentar dores articulares e febre.

Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Minas Gerais (CRMVMG), a prevenção da esporotricose felina inclui castração, restrição do acesso dos animais à rua. Em caso de diagnóstico, os tutores devem procurar tratamento veterinário. Até o momento, não existe vacina para a doença, mas estudos estão sendo realizados para o desenvolvimento, segundo a Fiocruz. O tratamento dos sintomas é feito por meio de antifúngicos.

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