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Especialista dá dicas para fugir dos principais golpes na internet

3 de junho de 2025

Entre os golpes mais comuns estão o phishing, no qual criminosos se passam por empresas, bancos ou órgãos públicos para roubar dados sensíveis / Foto: Reprodução

PASSOS – Com o aumento da digitalização e o uso cada vez mais intenso da internet, os golpes virtuais têm se multiplicado no Brasil e afetam milhares de pessoas todos os anos. Levantamento do DataSenado revela que 24% dos brasileiros já foram vítimas de fraudes digitais, que vão desde tentativas simples até esquemas extremamente sofisticados.

De acordo com a advogada Milena Xavier, especialista em Proteção de Dados Pessoais, os crimes virtuais estão cada vez mais complexos e difíceis de identificar. “Os golpistas se utilizam de técnicas de engenharia social para enganar as vítimas. Eles exploram sentimentos como medo, urgência e empatia para conseguir dados pessoais, senhas, códigos de autenticação ou até transferências de dinheiro”, explica.

Entre os golpes mais comuns estão o phishing, no qual criminosos se passam por empresas, bancos ou órgãos públicos para roubar dados sensíveis; e o roubo de contas de WhatsApp e redes sociais. “Com acesso à conta da vítima, eles se passam por ela para pedir dinheiro a amigos e familiares ou aplicar outros golpes”, alerta Milena.

Outras fraudes recorrentes envolvem o famoso golpe do Pix por engano, quando o criminoso afirma ter feito uma transferência equivocada e solicita a devolução de um valor que nunca existiu. Também são frequentes os golpes por SMS, conhecidos como smishing, que simulam bloqueios de conta, prêmios falsos ou cobranças, o que leva a vítima a clicar em links maliciosos.

Milena Xavier destaca ainda golpes como o do delivery, em que falsos entregadores exigem taxas extras na porta das vítimas; e o golpe de falsas vagas de emprego, que solicita pagamentos para participação em processos seletivos ou aquisição de materiais. “Outro golpe que tem feito muitas vítimas é o de relacionamento, no qual criminosos criam perfis falsos, constroem vínculos afetivos e depois pedem dinheiro, geralmente alegando emergências”, completa.

A advogada reforça que alguns cuidados são essenciais para evitar cair nesse tipo de fraude. “É importante sempre desconfiar de links enviados por mensagens, verificar a autenticidade dos sites e dos perfis, e não compartilhar códigos de autenticação. Nenhuma empresa séria ou banco pede dados sensíveis, senhas ou códigos por telefone, e-mail ou WhatsApp. Esse é sempre um sinal de alerta”, ressalta.