Ézio Santos
PASSOS – “A arborização urbana oferece pouquíssimo risco à população em casos de tempestades e vendavais, comuns nesta época do ano”, afirma o engenheiro florestal Geraldo Donizete Pereira, responsável pela emissão dos laudos em casos de solicitação de corte e poda de árvores em Passos.
“Digo que qualquer espécie de porte médio ou grande está em constante risco de cair com ventos fortes, mesmo aquelas que não apresentam algum tipo de problema. Depende do grau de intensidade das rajadas acompanhadas de chuva. É lógico que quanto mais alta e da copa bastante ampliada, o risco se torna evidente”, disse o servidor público com quase 30 anos trabalhando no setor de meio ambiente da prefeitura.
Sobre espécies como Sibipiruna no entorno da Praça da Saudade, que são de grande porte, Geraldo disse que tem realizado constante inspeção em todas, e por hora, estão com o estado fitossanitário em dia. Até a centenária, da espécie ‘óleo copaíba’, e em razão do seu enorme tamanho, não oferece risco aos moradores próximos.
O também presidente do Conselho Municipal de Defesa, Conservação e Desenvolvimento Ambiental (Codema) contou que nem todas as solicitações de moradores de corte ou poda são atendidas.
Ao vistoriar in loco a árvore, analiso primeiro a saúde dela no geral, se tem raízes podres, troncos brocados, infestada de fungos, galhos e folhas secos. Do contrário, autorizo apenas a poda parcial”, afirma o engenheiro.
Sobre as Palmeiras Imperiais da avenida Juca Stockler, o ambientalista revelou que foram plantadas há anos e não são apropriadas para arborização urbana. “Apesar de serem bonitas, imponentes, são demasiadamente altas, impedindo a poda das folhas secas. O caminhão munk não alcança a copa delas, correndo o risco de cair em cima de pedestres, motociclistas e veículos. A vantagem é que dificilmente elas são derrubadas por ventos, porque tem raízes profundas”, aponta.
A espécie mais indicada, segundo o engenheiro, é a Palmeira Areca de Locuba, cuja Avenida Francisco Avelino Maia, a da Moda, recebeu muitas mudas que chegam no máximo ao tamanho médio. “Tenho focado também atenção nas praças públicas, onde estão as madeiras de diversas qualidades de portes médios e grandes. Nas ruas avenidas também, sem contar que há muitos pedidos da população para vistorias em relação à sanidade dos troncos. Sempre atentos para evitar acidentes”, frisou Geraldo.
As pessoas que desejarem mudas de várias espécies para plantio próximo de sua casa, basta solicitar a requisição no Departamento de Meio Ambiente e posteriormente retirá-las no Viveiro Municipal.