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Empresa paulista contrata detentos no Presídio de Paraíso

Vereador Pedro Delfante acompanha trabalho realizado pelos internos no presídio / Foto: Divulgação

Roberto Nogueira

S. S. PARAÍSO – Vinte e dois detentos do presídio de São Sebastião do Paraíso que fizeram o curso de qualificação foram selecionados pela empresa paulista Metal Vale. Na presença de lideranças do município, foram entregues certificados e equipamentos individuais aos contratados. Na ocasião foi realizada a inauguração simbólica da unidade da empresa no presídio, que faz acessórios em metal para cintos e bolsas.

A empresa possui convênio com o Governo de Minas para capacitar profissionalmente os custodiados e os contratados terão benefício da remissão da pena em um dia para cada três trabalhados.

Além do diretor do presídio, João Paulo Mantuani, participaram do evento a juíza criminal, Edna Pinto, o promotor de justiça, Emílio Carlos Walter, juntamente com o vereador Pedro Sérgio Delfante, que, como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, representou o Legislativo. “É uma conquista importante, pois, além de dar oportunidade de qualificação profissional, há outros benefícios. O trabalho elimina a ociosidade”, afirma Delfante.

Desde meados deste ano que a proposta de realização deste trabalho vem sendo organizada. A direção do presídio e representantes da empresa chegaram a um consenso para a cooperação entre as partes. Este tipo de ação de resgate social já existe em outras unidades do interior de São Paulo e os modelos serão seguidos na unidade de Paraíso.

Aos detentos interessados e selecionados é ministrado curso de 40 horas para a treinamento e formação. A atuação ocorre com a montagem de pinos em fivelas, utilizando instrumentos como alicate, furadeira e outros. Todos equipamentos e EPIs são fornecidos pela empresa. A primeira turma de cinco pessoas concluiu curso no final de setembro e agora mais um grupo se tornou apto a exercer a atividade. O projeto prevê que cerca de 50 custodiados sejam empregados no empreendimento. A realização do trabalho é monitorado e fiscalizado.

Toda a ação tem por objetivo reduzir a ausência de qualificação profissional que está entre os principais obstáculos para que egressos do sistema prisional conquistem um novo emprego e deixem o mundo do crime. Os internos do presídio também possuem a oportunidade de se matricularem na escola e participarem do curso profissionalizante. Ainda segundo a direção da unidade, tem sido considerável o interesse entre os presos em participarem das ações.

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