Leonardo Pedro

PASSOS – Neste sábado, 17, às 16h30, a Seleção Brasileira volta a campo para a disputa de amistoso com a seleção de Guiné, no estádio Cornellá-EL Prat, na Espanha. O jogo de hoje é histórico, por conta do uniforme que os brasileiros utilizarão. Pela primeira vez, a Seleção Brasileira atuará de preto.

Em homenagem a Vini Jr., vítima de diversos atos racistas no último mês, a camisa preta será utilizada somente no primeiro tempo do amistoso. Na etapa final, os atletas convocados voltarão a jogar com a tradicional camisa amarela, que também terá uma ação de combate ao racismo. Em 109 anos, essa será a primeira vez que algo semelhante ocorrerá.

De acordo com o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, a questão do combate ao racismo seria “prioritária”. Em sua declaração, divulgada pela CBF, ele também ressaltou que a entidade é a única federação de futebol que prevê a perda de pontos por atos de racismo.

“Desde o primeiro dia do meu mandato, essa questão é prioritária. Fizemos um seminário para tratar do tema, criamos um grupo de trabalho com 60 pessoas que se reúnem periodicamente para avançar em discussões e propostas. Somos a única federação de futebol do mundo que criou um dispositivo que prevê a perda de pontos por atos de racismo. Isso está no texto do Registro Geral de Competições da CBF”, disse o dirigente.

Escalação

Para o confronto, o técnico interino Ramon Menezes deve escalar o Brasil com: Alisson, Danilo, Éder Militão, Marquinhos e Ayrton Lucas; Casemiro, Joelinton e Lucas Paquetá; Rodrygo, Vini Jr e Richarlison. Esse é o time que foi titular na maioria dos treinos. Ayrton Lucas, do Flamengo, e Joelinton, do Newcastle, são as novidades da convocação.

Nos treinos, o time reserva formava com: Weverton, Vanderson, Ibañez, Robert Renan e Alex Telles; André, Bruno Guimarães e Raphael Veiga; Malcom, Rony e Pedro.