Por Beatriz Silva / Redação
10 de março de 2021
Segundo Jane Hespanhol, a decisão do retorno de alunos e professores é facultativa. / Foto: Divulgação
PASSOS – A Comissão de Educação, Cultura, Desporto e Lazer, formada pelos vereadores Maurício Silva, Edmilson Amparado e Dirceu Soares, recebeu ontem, 9, no Plenarinho da Câmara de Passos, a secretária de Educação, Jane Fernandes Hespanhol, e a gerente-administrativa do Colégio Internacional Del Rey, Marília Andrade, para tratar da volta às aulas presenciais nas redes municipal e particular de ensino. Também participaram da reunião os parlamentares Plínio Andrade, Alex Bueno, Luiz Carlos, Michael Silveira e Gilmara Oliveira.
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Segundo Jane Hespanhol, a decisão do retorno de alunos e professores às salas de aula é facultativa. A secretária disse também que, prevista para voltar no próximo dia 22, a retomada de atividades nas escolas para estudantes do 6º ao 9º ano da rede municipal de ensino ainda não está confirmada.
“A decisão do retorno às instituições de ensino será exclusiva da família e dos professores. Aqueles que não estiverem confortáveis, terão a opção de manter o ensino de forma remota. No dia 1º de março, as escolas particulares voltaram às atividades presenciais, já nas instituições públicas municipais, seguimos nos organizando e caminharemos de acordo com o cenário epidemiológico de Passos, cada semana é única, portanto, ainda não sabemos se as aulas poderão ser retomadas no dia 22 para as instituições públicas”, disse.
Ainda conforme a secretária, o retorno antecipado para as escolas particulares foi possível devido à existência antecipada do plano de contenção de propagação da covid-19, elaborado pelas próprias instituições.
“As escolas particulares já possuíam o plano de contenção e apenas precisaram de adaptações. Para a realidade das escolas públicas municipais, o plano foi finalizado de modo mais tardio, porém, também contou com o apoio dos técnicos infectologistas do município. Buscamos referências em outros estados e adaptamos a nossa realidade, assim, chegamos a orientações completas de como deverão funcionar as aulas. Não queremos agravar a situação da pandemia, mas sem previsão para que todos recebam a vacina, temos que pensar em alternativas para que os alunos não sejam prejudicados”, disse.
Sobre os itens e equipamentos de higiene necessários às instituições, a secretária confirmou a compra suficiente para os primeiros seis meses de aula. Jane também relatou que as escolas contarão com uma brigada escolar, que visitará as instituições.
Desde o ano passado, a comissão, junto com representantes do setor de saúde do município, tem analisado a possibilidade de retorno presencial. Neste mês, foi realizada uma pesquisa para saber o posicionamento dos pais sobre a possível retomada das aulas. Em resultados preliminares, metade das famílias foi a favor do retorno presencial. De acordo com a secretária, até o dia 22, novas pesquisas deverão ser realizadas focando em particularidades de cada unidade escolar.
A gerente Marília Andrade falou sobre como tem sido o retorno presencial nas instituições privadas. Segundo ela, a adaptação tem sido positiva e há respeito em relação às escolhas definidas pelas famílias e professores.
“A Vigilância Sanitária, a prefeitura e o Ministério Público entenderam a necessidade da retomada das aulas. A partir de então, com a liberação da atividade, buscamos seguir todos os protocolos exigidos. Temos notado que, mesmo em uma situação de adaptação, a emoção tem falado muito alto e as atividades têm contribuído para o pleno desenvolvimento dos estudantes. Estamos sendo empáticos e respeitando a decisão de todos, tanto aqueles que preferem trabalhar ou estudar em casa, quanto aqueles que acreditam na relevância do ensino híbrido”, disse.