23 de agosto de 2023
Scarpa e Palacios foram os únicos reforços do Galo nesta primeira janela./ Foto: Reprodução.
PASSOS – Não é segredo que o Atlético enfrenta a sua pior fase desde o auge vivido em 2021, quando conquistou os dois maiores torneios nacionais e deixou a Libertadores na 3ª colocação. São apenas duas vitórias nos últimos dez jogos, além de duas eliminações precoces nas Copas. Em 11º no Campeonato Brasileiro (apenas seis pontos de distância do Z-4), até mesmo o dono da maior parcela da SAF atleticana, Rubens Menin, teme o rebaixamento.
Em entrevista ao canal Breno Galante, o empresário citou o rival Cruzeiro como exemplo para justificar o medo de disputar novamente a segunda divisão. Em 2019, a equipe celeste iniciou o ano como uma das favoritas à conquista dos grandes torneios, por conta do bicampeonato da Copa do Brasil somado nas temporadas anteriores. Contudo, ao fim da temporada, a Raposa sofreu o rebaixamento.
“Lógico que tenho medo, todo ano a gente começa com medo. Acho difícil, mas no futebol tudo acontece. Naquele ano que o Cruzeiro foi rebaixado, eles entraram como favoritos e foram rebaixados. Não acredito que isso aconteça. O Atlético não tem time para ser rebaixado não, mas medo tenho”, disse o empresário.
A má fase do Galo passa diretamente pelo treinador. Felipão estreou pelo clube em 21 de junho, no empate diante do Fluminense, e venceu pela primeira vez apenas neste mês, no dia 6, diante do São Paulo. Ainda assim, Rubens Menin defende a permanência de Luiz Felipe Scolari.
“Eu, sinceramente, acho que a torcida precisa ter paciência com Felipão. Podem gostar ou não do Felipão, eu pessoalmente vejo qualidades. É um técnico campeão do mundo, é um técnico super vivido. Ele é uma pessoa de muita honradez. O grupo gosta dele. Você colocar um Sampaoli no Atlético, ele rachava o Atlético. O Felipão pegou um carro andando, e isso não é fácil. Ele pegou um carro andando que já tinha problemas”.
Menin também comentou sobre a SAF atleticana. O empresário voltou a dizer que a SAF era a única saída para o Galo. O time, segundo ele, mais endividado do país, não tinha outra saída a não ser de mudança para clube-empresa.
“Não tinha solução, ideal é se fosse feito a SAF. O Atlético era um time muito endividado. O Atlético era o time com a maior dívida do país. Nós tentamos. Se não fizesse a SAF o Atlético explodia. Aí tivemos que ir, fomos com a cabeça fria. Não fizemos para ganhar dinheiro, fizemos porque se não fosse feito o Atlético teria sérios problemas”.