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Doença de Parkinson afeta 1% da população mundial, segundo OMS

NICOLLAS RABELO ESTÁ RADICADO EM PASSOS HÁ SEIS ANOS COMO ESPECIALISTA EM DOENÇAS QUE AFETAM O CÉREBRO / Foto: Reprodução

Ézio Santos

Especial para a Folha

 

PASSOS – Passos pode ter cerca de 1,2 mil pessoas com doença de Parkinson. Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença afeta cerca de 1% da população do planeta. No dia 11 de abril é comemorado o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson.

O neurocirurgião Nicollas Nunes Rabelo, de 34 anos e que mora e trabalha em Passos há seis anos, afirma a cidade pode ter mais de mil pessoas com a doença.

“Se Passos possui 120 mil habitantes, estima-se que 1.200 pessoas possivelmente estejam com a doença de Parkinson. É difícil saber qual estágio elas estão, porque existem vários centros de referências privados, então teria que fazer um levantamento bem filtrado para chegar ao total”

Do neurocirurgião Nicollas Nunes Rabelo, gestor-membro da diretoria da Sociedade de Neurocirurgia, o médico, que é natural de Brasília, afirma que as pessoas com suspeita costumam procurar tratamento após sentirem alguns sintomas.

“Alguns quando são quando sentem algo diferente na condição cerebral que causa distúrbios de movimento, mentais, do sono, dor e outros problemas de saúde. Quando o diagnóstico é precoce, as chances de prolongar a vida são bem mais elevadas”, comentou.

Nicollas Rabelo também é especialista vascular, base de crânio e dor. Formou-se na Faculdade Atenas de Paracatu (MG), cursou a modalidade de ensino de pós-graduação – residência em neurocirurgia na Santa Casa de Ribeirão Preto (SP), subespecialista e pós-doutor pela Faculdade de Medicina da USP. O médico é membro da Academia de Letras do Noroeste de Minas Gerais.

 

Sem cura

A doença de Parkinson é neurodegenerativa, que afeta a capacidade do cérebro de produzir dopamina, uma substância química que ajuda a controlar os movimentos. Estima-se que mais de 8,5 milhões de pessoas em todo o mundo sejam diagnosticadas com Parkinson, sendo a maioria dos pacientes homens idosos, embora também possa ocorrer em pessoas mais jovens. Até o momento, não há cura para o Parkinson, mas certos tratamentos e medicamentos ajudam a reduzir os sintomas, como tremores, contrações musculares e fala arrastada.

A doença de Parkinson resulta da degradação progressiva de neurônios produtores de dopamina no cérebro. Embora a causa exata ainda não seja totalmente compreendida, fatores como histórico familiar, alterações genéticas específicas e exposição à poluição do ar, pesticidas e solventes podem influenciar o risco de desenvolver a doença. Novos remédios e tratamentos continuam a ser pesquisados para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

É fundamental aumentar a conscientização sobre o Parkinson, promover a compreensão da doença e apoiar pesquisas para encontrar melhores formas de tratamento e eventualmente uma cura.

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