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DO LEITOR

Foto: Reprodução

Apagão cibernético

Os especialistas dizem que as falhas que ocorreram nos principais servidores de dados do mundo não foram um ataque cibernético. Dezenas de hospitais, companhias aéreas, bancos, correios e serviços de emergência ficaram inoperantes durante a pane cibernética mundial. Somente nos Estados Unidos, 6 mil voos foram adiados e 2 mil voos foram cancelados. A empresa de segurança cibernética CrowdStrike explicou que o seu produto de monitoramento de ameaças de hackers, chamado de Falcon, foi o responsável por travar o sistema operacional Windows, da Microsoft, em todo o planeta. Seja como for, entende-se que uma nova atualização dentro do sistema operacional deveria ser exaustivamente testada antes de ser efetivamente instalada nos servidores de grandes empresas, que são responsáveis por importantes serviços à população. Que essa desastrada experiência sirva de lição para futuras intervenções nos sistemas operacionais.

José Carlos Saraiva da Costa – Belo Horizonte/MG

 

Atmosfera

A atual atmosfera política brasileira, poluída com seus viciados e anóxicos sistemas de escolha, apresenta, como uma de suas principais características, o triste fato de que os eleitos não são motivados a agir prioritariamente como representantes da sociedade que os selecionou pelo voto e os sustenta – custam caro! – mas a dirigirem o foco de seus faróis, desde o início de cada mandato – independentemente se sufragados pela primeira vez ou conduzidos repetidamente aos luxuriosos nichos do poder – ao próximo pleito, visando garantir a reeleição, ao mesmo tempo em que se afastam dos compromissos assumidos nas campanhas, verdadeiras usinas de mentiras. E, pior, o povo, que se fosse mais bem informado e educado, deveria exercer constante vigilância, posto que a sua vida é diretamente influenciada pelo que se desenvolve, às vezes à sua revelia, nos palácios e câmaras. Ao contrário, opta por aceitar placidamente a farsa – invariavelmente até se diverte com ela –, e espera que os paizões sanem seus angustiantes problemas, embora eles estejam interessados mesmo é em resolver os deles.

Paulo Roberto Gotaç – Rio de Janeiro/RJ

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