Ícone do site Folhadamanha

DO LEITOR

Foto: Reprodução

Cavalo Caramelo

Este ano, nós Brasil, fomos sacudidos pela natureza como jamais o fôramos antes por uma intempérie que foi a intensidade da fúria com que o volume das águas, vinda por meio de chuvas intensas como qual, jamais havíamos visto em lugar nenhum do interior do nosso país, em especial do Estado o Rio Grande do Sul.

Tudo foi muito triste, incompreensível para acreditar, difícil de aceitar e muito complicado para pensar em um recomeço de vida pessoal, social e familiar, dado que faz parte das nossas vidas particulares e familiares os nossos pertences privados e bens imateriais bem como os nossos haveres domésticos que nos permite reverenciar, de forma viva as  nossas lembranças, memórias e tudo aquilo que dá sentido as nossas vidas em seu sentido mais pleno e que, na falta deles, as nossas vidas se esvaem no vazio da tristeza e da falta de horizonte para estabelecer um recomeço.

Por mais que quiséssemos achar um culpado, muitas vezes o grande culpado está a milhares de quilômetros de nós, de tal sorte que não temos como lhe imputar a culpa de forma objetiva dado que vivemos em um mundo globalizado onde as consequências de ações perversas, em nome seja lá do que for, são atitudes etéreas que não há como culpar um culpado que pudesse assumir a culpa pelo ocorrido no nosso Rio Grande do Sul!

Em meio aquele verdadeiro festival de tristeza, muitos fatos e desempenhos chamaram a atenção,  em especial o vindo de um ser que nos deu o maior e melhor de todos os exemplos que foi o patrocinado pelo cavalo Caramelo, que ficou ilhado no telhado de um domicílio completamente tomada pela fúria das águas e que no alto do seu racionalismo de ser vivo, compreendeu que o melhor para ele, naquele momento, era o de se manter impávido  sem demonstrar medo, abatimento, mas se manter silenciosamente corajoso e destemido e conseguiu manter a tranquilidade na confiante certeza de que aquele infortúnio, como tudo na vida, iria passar e, quando isso acontecesse ele poderia voltar a sua vida normal e continuaria o seu quotidiano sem os estardalhaços que nós humanos, ditos racionais somos habituados a fazer em casos cujas ações não nos exigem outra atitude que não seja ter calma e nos agarrarmos aos valores que temos, por mais ralos que eles possam parecer.

Outro fato que chamou, elogiosamente, a atenção foi a força vinda do coletivo, que dizia implícita e explicitamente, quando estamos juntos, nada nos abala.

Professor Cícero Maia – Brasília/DF E-mail: artigosbsb@gmail.com

Sair da versão mobile