8 de junho de 2024
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‘Momento clama por serenidade’
Durante entrevista concedida em 26 de julho de 1988, o então presidente José Sarney afirmou sem titubeios que o Brasil se tornaria ingovernável a partir da vigência da Constituição que seria promulgada cerca de três meses depois. Desde então, a Carta teve o texto alterado mais de 140 vezes e ainda espera pelo exame de aproximadamente eventuais 1.700 propostas de emendas destinadas a beneficiar grupos específicos, a serem examinadas e provavelmente aprovadas por um Parlamento fisiológico, onde se aninha uma plêiade de políticos amorais, desprovidos de um mínimo de espírito público, que aguardam de boquinha aberta, como filhotes de águia, o alimento que a mãe lhes traz (verbas e cargos) para continuar sobrevivendo e ascendendo na chamada vida pública. O momento clama por serenidade em busca de soluções patrióticas que promovam aumento da qualidade de vida do povo e crescimento minimamente sustentável, e não de prosopopeias egoístas mascaradas pela prática de uma pseudo democracia ou de equivocados posicionamentos na arena internacional que estão corroendo gradativamente o prestígio do País entre os governos historicamente aliados.
Paulo Roberto Gotaç – Rio de Janeiro/RJ
Aposta no populismo
O Brasil tem suportado uma política populista que está levando o País a uma situação perigosa: com uma quantidade enorme de empresas sendo fechadas e sem que vejamos novas abertas. Como resolver o sério problema? É o governo colocar à venda uma mercadoria preciosa: a credibilidade. Sem ela e sem vê-la para comprar, os investidores preferem aguardar calmamente com seu capital, enquanto o governo corre loucamente para encontrar formas de obter receitas. O México pode ser inserido naquele dito popular de que “vassoura nova varre bem”. E vai varrer até que Claudia Sheinbaum consiga agradar a López Obrador e aos eleitores. Observe-se, no entanto, que o populismo de Obrador não precisa vender credibilidade, mas precisa alienar segurança para os investimentos e para a manutenção da lei, da ordem e do respeito às leis. Na verdade, os mexicanos desejam a tranquilidade constitucional e a segurança de seus lares. Terão agora?
José C. de Carvalho Carneiro – Rio Claro/SP