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DO LEITOR

Foto: Reprodução

UPA – Parte 1                         

Em uma ilha chamada UPA o passaporte é a conivência e cumplicidade com o descaso no acolhimento do indefeso usuário do SUS que ao lá procurar seu direito constitucional para preservar seu maior patrimônio, a vida, não imagina como poderia ser diferente o resultado de sua busca. Um órgão público onde acontece a chantagem, a negligência, a omissão, o assédio moral, o estelionato coletivo em perversa fraude ao SUS simulando cursos de treinamentos especialmente numa UPA onde a maioria dos médicos são recém formados e, tais cursos, se efetivados como manda a lei serem feitos a cada 4 meses com trinta por cento do corpo clínico, certamente melhoraria a resolução médica dando um pouco mais de suporte aos recém formados que são jogados ao atendimento sem qualquer protocolo ou amparo técnico. Tais cursos de treinamentos são exigência do SUS para repasse de verba mensal de 125.000,00. A inexperiência da maioria dos médicos torna a UPA sobrecarregada pois pedem exames demais e deixam pacientes a tomar soro para o próximo plantão resolver. E enchem o SUS fácil de pedidos para Santa Casa chamar e resolver.  Grande parte que vai pra Santa Casa não precisaria. Numa UPA onde médico inicia atendimento ao paciente, deixa o esperando, abandona o plantão por cerca de três horas, volta passa o paciente a outro colega e o mesmo morre três horas após o que se pode esperar? Todo mundo sabe. E ninguém toma atitude. Quantos pacientes vi faleceram sem o acolhimento mínimo a um ser humano. Doutor deixa acadêmicos atendendo com receitas assinadas em branco e vai dormir. Alguns drs chegam às 19hs sobem pro quarto começam a atender às 20hs tem uma hora de descanso e uma hora para jantar. Às 24hs dividem o horário até 7hs da manhã por 3 ou 4 vão dormir e ganham 12 horas com adicional noturno. E é nesse intervalo que ocorrem mortes esquecidos nos quartos.

 

Antonio Carlos da Silva – Passos/MG

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