Então tá

Vamos cantar com eles? Pra não dizer que não falei das flores: caminhando e cantando, tá? Que bobagem, as rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti, tá? Alvorada lá no morro, que beleza, ninguém chora, não há tristeza, tá? Você não sabe amar, é uma flor sem perfume. Se não fosse o seu costume de brincar com meu coração, tá? Meu caro amigo, me perdoe, por favor, se não lhe faço uma visita. Mas como agora apareceu um portador, mando notícias nessa fita, tá? Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu. A gente estancou de repente ou foi o mundo que cresceu, tá? Hoje me sinto mais forte, mais feliz, quem sabe. Só levo a certeza de que muito pouco sei ou nada sei, tá? Estava à toa na vida, o meu amor me chamou pra ver a banda passar cantando coisas, tá? Afagar a terra, conhecer os desejos da terra. Cio da terra propícia estação e fecundar o chão, tá? Quero falar de uma coisa. Adivinha onde ela anda. Deve estar dentro do peito ou caminha pelo ar. Pode estar aqui do lado. Bem mais perto que pensamos, tá? Amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração. Assim falava a canção que na América ouvi, tá? Brasil! Mostra tua cara, quero ver quem paga. Pra gente ficar assim, tá? Jacuí não se expandiu em vão. Acolhe os forasteiros e os daqui naturais. Entre morros, ruínas, montanhas e os rios São Pedro, Santana, São João, tá? Então, cantem! Fernando de Miranda Jorge- Jacuí/MG