Leitor Opinião

DO LEITOR

25 de junho de 2025

Foto: Reprodução

Salve-se quem puder

Vendem-nos a ideia de que nosso pífio crescimento se deve à falta de investimentos, oriundo da escassa sobra do tal Orçamento (igual ao orçamento familiar). Não creio que tenhamos problemas institucionais, ou seja, um Poder solapando o outro. Temos os Três Poderes defendendo seus próprios interesses, solapando todos os brasileiros. Vejamos: o Legislativo não abre mão das emendas parlamentares; o Judiciário tampouco tenta resolver o problema crônico dos supersalários, ao contrário, aprovou, por decisão dos próprios ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a concessão de segurança pessoal vitalícia a ex-ministros da Corte, naturalmente com maiores custos, que, em última instância, serão arcados pelos cordeiros contribuintes. Quanto ao Executivo, a mídia está repleta de tentativas (na maioria das vezes bem-sucedidas) de criação de despesas – geralmente isenções ou bolsas – visando apenas ao poder. Para eles, dane-se o Brasil. Benedito Antonio Turssi – São Paulo/SP

 

Falador

Lula fala grosso, desafiando adversários. Garante que é melhor do que todos eles. Podem fazer fila. O presidente incendeia a rinha. O quase oitentão jura que permanece vigoroso. Já com sebo nas canelas, é provocador até nas vírgulas. É o perfil do maratonista Lula da Silva. As palavras duras podem soar, para alguns, como desespero. Ele pisa na chamada direita, sem dó nem piedade, permanece com a caneta cheia de tinta. Experiente em disputas eleitorais, sabe que em eleição vale-tudo, menos perder. Lula lançou flechas nos possíveis adversários: Ratinho, Tarcísio, Caiado e Zema. O trunfo do petista é acreditar na polarização, diluindo a força dos eventuais concorrentes. Mas a “virulenta direita”, na definição de Lula, pode vestir-se de grandeza e desprendimento e lutar unida em torno de um nome. Consagrando Ratinho, Tarcísio, Caiado ou Zema. A briga pelo poder ficaria, então, mais fascinante, deixando Lula, o PT e seus seguidores mais atentos e com os pés no chão. Vicente Limongi Netto – Brasília/DF