22 de abril de 2024
Parábola pedagógica
A mulher que levou o parente morto ao banco na tentativa de fazer um empréstimo despropositadamente proporcionou uma lição de austeridade fiscal que caiu como uma luva para as pretensões do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está no olho do furacão. Se um chefe do Poder Executivo – presidente da República, governador ou prefeito – não tiver o déficit zero como meta de seu governo, qualquer tentativa de tomar empréstimo em favor do ente federativo que governa, para viabilizar políticas públicas, por exemplo, fará com que União, Estado, Distrito Federal ou município seja considerado um defunto pelos organismos de crédito, já cheirando mal e impossibilitado de negociar o que quer que seja. A história do cadáver no banco tem tudo para tornar-se uma parábola pedagógica nas reuniões governamentais e nos cursos de Economia.
Túllio Marco Soares Carvalho – Belo Horizonte/mg
Lira x Padilha
O presidente da Câmara, Arthur Lira, está correto em não negociar com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Ele deve negociar com a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, que em entrevista afirmou ser a articuladora do governo Lula.
Vital Romaneli Penha – Jacareí/SP
No telhado
Sozinho e abandonado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, continua debruçado sobre material que visa a dar sustentação ao arcabouço fiscal. Na verdade, é quase impossível que essa jornada vingue. Afinal, lutando contra a tigrada petista, contra o próprio governo – quando Lula diz que não havia a mínima condição de alcançar a meta fiscal zero – e contra o Congresso Nacional, qualquer estudo fica cada vez mais desmoralizado. O arcabouço subiu no telhado.
Júlio Roberto Ayres Brisola – São Paulo/SP