5 de junho de 2025
Foto: Reprodução
Influenciadores
Segundo informações, há mais de 500.000 influenciadores no Brasil, número aproximado ao de médicos no país. Valem-se eles de tudo: de vender remédio a estimular jogatina; obviamente patrocinados pelas empresas interessadas em empurrar os seus produtos goela abaixo dos ingênuos seguidores do “influencer”. A atividade dos influenciadores tem fins econômicos; alguns utilizam-na também com escopo político para pavimentar candidaturas a cargos eletivos. Em nome da liberdade de expressão, dificulta-se ou se impede a fiscalização das autoridades sobre o que dizem, tanto sobre o material difundido, como sobre a própria difusão. Os malefícios são evidentes e são reportados pelos meios de comunicação. Acho difícil alertar os consumidores sobre ideias alheias, supérfluas, falsas, que prejudicam a si próprios, quando não terceiros. Sugeriria, contudo, propaganda institucional estimulando os seguidores a deletarem informações e sugestões dos influenciadores, esclarecendo que o fim, subjacente nas mensagens, é no sentido de que adotem comportamentos e entendimentos que interessem a eles, financiadores. O interesse é só dos influenciadores e de quem os financia; nenhuma real preocupação com os seus seguidores. Quem sabe estimulando a autoestima dos seguidores no sentido de que são capazes de duvidar da verdade das mensagens e de questioná-la. Tudo para que exerçam a autonomia na condução de suas vidas. Vale lembrar o registro do brasão de São Paulo: “duco non ducor (conduzo, não sou conduzido).
Raul Moreira Pinto – Passos/MG