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DO LEITOR

Foto: Reprodução

Governo Lula nada fácil

O presidente Lula tem tentado recuperar a simpatia popular em discursos inflamados com palavras, gestos frenéticos e a reedição de promessas. Com o índice de aprovação ladeira abaixo – a pesquisa Datafolha mais recente apontou 24%, muito abaixo dos índices de início de governo –, Lula está correndo atrás da confiança, que, uma vez perdida, torna-se muito mais difícil de ser reconquistada. Sidônio Palmeira, marqueteiro do presidente, sabe mais do que ninguém disso, portanto até a próxima eleição presidencial, em 2026, a caravana presidencial passará por muitas plagas e, se convidada, até de rinha de galo, proibida, vai participar e fazer uma fezinha. Em evento que tratou da entrega de terras da União ao Amapá (AP), o presidente falava sobre a exploração de petróleo na costa amapaense quando começou a falar em ovos, já que “um jovem de 79 anos”, como ele, necessita de “sustância”. Descartou os ovos de galinha, porque estão muito caros, e contou que tem comido ovos de patas e das emas criadas no Palácio da Alvorada – e até os ovos de jabotas, protegidas por lei ambiental, correm o risco de entrar para a dieta do presidente. Interessante que os ovinhos milagreiros de codorna foram esquecidos. Já em cerimônia recente em Angra dos Reis (RJ), com a Petrobras na vitrine, Lula abordou e criticou sem parâmetros o preço final da gasolina e de derivados de petróleo nas bombas de combustíveis – no que foi prontamente contestado pelas distribuidoras, com a apresentação da tabela dos abusivos impostos estaduais e federais cobrados. Entre discursos, aplausos e risos da claque, o presidente acabou confessando que não toma gasolina. Como se vê, a parada não está nada fácil rumo ao tetra, para repetir as palavras do saudoso Zagallo: “Vocês vão ter de me engolir”.

Sérgio Dafré – Jundiaí/SP

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