Opinião

DO LEITOR

10 de janeiro de 2025

Foto: Reprodução

Expressões proibidas?
Quando se quer colocar em imagem a superioridade do indivíduo, seja no cinema, seja na TV, destaca-se a pessoa supostamente superior, colocando-a em nível acima daquele dos demais; usa se desse mesmo artifício filmando-os com a tomada em planos diferentes; normalmente de cima para baixo. Esse artifício de desnivelamento é antigo. A paradigmática e clássica cena do filme O Grande Ditador, de Charlie Chaplin, é icônica: dois ditadores, em disputa pela prioridade na invasão de um terceiro país, se sentam lado a lado, em cadeiras de barbeiro; aquelas em que se regula a altura. À medida em que um se faz elevar, o outro, por sua vez, também se eleva, mas em posição mais alta; assim quase chegam, na disputa, ao teto. Tais expedientes, de retratarem superioridade, saíram, por assim dizer, do seu “locus”, vindo a criar uma expressão muitíssima usada e que designa a ausência de simetria na comparação: “não estar à altura”, reveladora da diferença de “status”. Nesses tempos de igualdade para minorias, devemos combater o uso da expressão, em respeito aos anões?
Raul Moreira Pinto – Passos/MG

 

Aplicativo Rhino
Quando o Uber chegou no Brasil em 2014, vimos uma grande reação por parte dos taxistas com medo de perder clientes. Passados mais de dez anos, o negócio expandiu-se de tal forma que hoje é inviável viver sem os carros por aplicativo. Mas o que chama a atenção é o surgimento da startup russa Rhino, que oferece carros blindados, com corri das até 3 vezes mais caras que o Uber black e atuando em alguns bairros como Jardins, pinheiros, vila Olímpia e Itaim bibi. Assim, a chegada de carros blindados por aplicativo mostra a falência da nossa segurança. Um país que tem um discurso pautado pela igualdade entre as pessoas expõe de forma clara que para viver com segurança em SP, custa muito caro e poucos podem pagar. E quem não pode, fica à mercê dos criminosos. E pensar que o ministério da Segurança estaria preocupado com a segurança da população.
Izabel Avallone – São Paulo/SP