Mudanças
Na edição do dia 27/11/24 desta Folha li com muito interesse o artigo “População de Passos era de 7,6 mil pessoas no 1° Censo”, isto é, em 1872. Hoje tem 16 vezes mais. Na época todos se diziam católicos, e até hoje muitos católicos ainda se consideram “donos do pedaço!”. Isto me lembra que, mais ou menos nessa época, na França, que era considerado Monarquia Católica, por herança um não católico devia assumir o Trono, logo não podia! Ele disse: “O Trono da França vale bem uma missa”, ele se “converteu” e foi Rei! O artigo também, me lembra que em 1848 Passos se separou do Município de Jacuí. Jacuí foi Capital do Brasil por poucos dias (pois parece que na época Capital era lá onde o Imperador estava. Coitado dele que veio até Jacuí a cavalo! Hoje se Lula ou o quase passense Rodrigo Pacheco quiserem vir em Passos de jato da FAB ou particular gastariam uma hora: certas coisas mudam!).
Pierre Bedouch – Passos/MG E-mail: p.bedouch@uol.com.br
Falta de vacinas
Muito grave o que foi contado em reportagens sobre a falta de vacinas no Brasil (Onze Estados relatam falta de vacina e outros três, que estoque está baixo). De acordo com as informações que o jornal levantou, em Minas Gerais, por exemplo, faltam vacinas contra covid-19, varicela, tríplice viral e DTP; em Pernambuco falta imunizante contra catapora e há “falta parcial” de doses da meningocócica ACWY, HPV, febre amarela e raiva. São Paulo está com os estoques reduzidos, no entanto são vacinas que não podem vir a sofrer desabastecimento, porque combatem doenças que já foram erradicadas justamente em razão da imunização. O sarampo é uma dessas doenças: em 2018 o vírus voltou a circular no Brasil e o País só recuperou o certificado de eliminação da doença neste mês de novembro. O atual governo federal, que tanto combateu seu antecessor neste assunto, vai deixar que outras doenças voltem a circular no País por falta de vacinas? Quando 64,7% de 2.415 municípios pesquisados pela Confederação Nacional dos Municípios relataram falta de vacinas, em setembro, já era para o Ministério da Saúde ter saído a campo a fim de sanar o problema. Também os meios de comunicação devem cobrar o governo por esta displicência e este descaso – lembrando que recentemente a Saúde deixou milhões de doses de vacinas vencerem antes de serem distribuídas a Estados e municípios. É inaceitável a falta de cuidado com o povo.
Izabel Avallone – São Paulo/SP