Os jornais, eis a questão

O jornalista ‘Dídimo de Miranda Paiva’ (1928-2019), mineiro de Jacuí, sua “terrinha” como a tratava, não acreditava no fim do jornal impresso. Tudo poderia acontecer na mídia escrita, menos o fim dele. Os grandes noticiários viram tabloides, mudam o escopo, mudam o layout, mas nunca serão extintos. Defendia assim: “Os Jornais não podem salvar o mundo, mas podem torná-lo melhor, se divulgar tudo que a todos convém, vergastar os excessos dos poderosos e ser vigia indormido da verdade e respeito aos direitos humanos. Dele ainda: Corrigir-se, reformar-se, não ter vergonha de retificar notícias equivocadas ou erradas, eis a questão da imprensa. Como estaria hoje diante da atual realidade jornalística o combativo editorialista, DP que foi “um quixote, como jornalista e ser humano, sempre disposto a enfrentar vendavais”? (Do Ex-presidente do STF Ministro Carlos Mário Veloso, amigos de juventude). Então, fabricam acontecimentos e histórias para narrar uns aos outros convencendo-nos reciprocamente de que existimos e existiram mestres que honraram a prática social contextualizada. Apesar dos manuais de redação continuarem a advogar condição de legitimidade do jornalismo, difundiu-se o reconhecimento de que as notícias e reportagens, são produzidas por meio da seleção e classificação dos fatos, a partir de categorias intrinsicamente ideológicas.

Fernando de Miranda Jorge – Jacuí/MG – e-mail: fmjor31@gmail.com

Camilo acordou

A que ponto chega à situação da Educação no Brasil. O ministro Camilo Santana disse que vai lançar um pacote de benefícios para incentivar professores a dar aulas em locais onde existe déficit de professores. Tardiamente, o ministro acordou e se deu conta de que a falta de valorização do professor os afastou da profissão. Pensar que um professor ganha cerca de 3 salários-mínimos, quando é pelas mãos de um professor que passam e passarão todos os cidadãos desse país que ocupam e ocuparão cargos de destaque ou não. E vem o ministro dizer que o professor precisa ser valorizado? Se tem alguém que sempre desvalorizou o professor foram os governos. Se a educação está péssima, deve aos governos que desvalorizaram os professores. E os mais atingidos são os alunos que sofrem as consequências dessa desvalorização.  Inacreditável ter que pagar para uma pessoa estudar para se tornar professor, uma profissão das mais importantes, se não a mais importante, ignorada por todos os governos. Um país que não valoriza seus professores está fadado a ser de 5° mundo.

Izabel  Avallone – São Paulo/SP