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DO LEITOR

Consciência negra

O Dia da Consciência Negra nos convida a refletir sobre um futuro em que os estereótipos sejam apenas memórias de um passado superado. Sonhar com um mundo onde as pessoas circulem pelas ruas sendo vistas pelo que são em essência, e não por julgamentos baseados na cor de sua pele, é mais que uma utopia: é um compromisso ético.

Imaginemos um cenário em que leis contra o racismo não sejam mais necessárias, pois a igualdade terá se tornado natural. Nesse mundo, comunidades ricas ou pobres serão igualmente diversas, refletindo a multiplicidade da humanidade. O sucesso, então, deixará de ser medido por aparências ou privilégios herdados, para enraizar-se em valores como compaixão, esforço e solidariedade.

A adoção de cotas sociais, por exemplo, poderá emergir como um ato espontâneo, movido pelo reconhecimento genuíno do mérito e das necessidades de cada indivíduo, e não pela imposição legal. Instituições educacionais e profissionais agirão não por obrigação, mas por um entendimento profundo de que oferecer oportunidades é também um caminho para construir um mundo mais justo.

Um futuro em que identidades raciais deixem de ser mencionadas em formulários ou registros reforçará o princípio de que somos todos iguais. Sem divisões artificiais, o “preto”, “pardo” ou “branco” não será mais uma categorização necessária, mas parte de uma memória histórica que nos recordará os passos dados rumo à igualdade.

Que o Dia da Consciência Negra se torne, então, apenas um marco histórico. Um lembrete de lutas vencidas e lições aprendidas, mas sem a necessidade de ser celebrado em um contexto de desigualdade. Assim, o futuro será de união, justiça e respeito mútuo, onde a cor da pele será tão relevante quanto a cor dos olhos: apenas um detalhe na riqueza da diversidade humana.

Mauro Falcão – Porto Alegre/RS E-mail:  advfalcao@hotmail.com

 

Situação política

O eterno guru da tigrada petista, Mangabeira Unger, falando sobre a situação política do Brasil, exaltou que o “legado institucional de Lula é zero”, e foi mais longe dizendo que “não é que seja pequeno, é nulo”. Mas Unger errou redondamente, pois como se sabe, não considerou a trajetória corrupta do ex-presidiário. Lastimável, senhor Unger.

Júlio Roberto Ayres Brisola – São Paulo/SP

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