Gastança desenfreada
Há mais de dois anos o presidente Lula afirma que vai acabar com a gastança desenfreada, todavia, nada faz para tanto. Agora, certamente, vai colocar a culpa em seu longa manus, Gabriel Galípolo, sucessor do seu desafeto Roberto Campos Neto – que atualmente é o único que combate essa excrecência indecente lulística. Ora, com aumento da taxa Selic para 11,25% ao ano, Lula volta com seu argumento esculachado de que o País não suporta esse patamar – como se tivesse feito sua lição de casa. Lula, com todo o respeito, suas unhas dos pés não estão precisando de uma revisão? Saiba que o banquinho está à disposição.
Júlio Roberto Ayres Brisola – São Paulo/SP
Deixa pra lá
Daqui a pouco é Natal, mais um pouquinho é carnaval e, depois, a Semana Santa: para que anunciar o corte de gastos agora? Vamos esquecer esse assunto?
Roberto Solano – Rio de Janeiro/RJ
Juros brasileiros
O presidente do BC é monocórdio, tendo algumas ferramentas para conter a inflação, insiste no uso só do aumento de juros para fazê-lo. Chegamos a um juro real de quase 7% ao ano, juro este que aumenta a dívida do governo, o que realimenta a inflação e provoca mais aumento de juros; genial, Roberto Campos criou o moto perpétuo. Deixa o dólar flutuar em níveis expressivos, contaminando preços e nem uma palavra do BC sobre utilizar uma parte de suas reservas de astronômicos US$ 380 bilhões para conter a inflação provocada pela alta da moeda americana, que aumenta os custos de uma boa parte dos produtos comercializados ou produzidos no País, com componentes importados. Brilhante economista que é, o presidente do BC deveria saber que juros são pouco eficientes para conter a alta de preços controlados, e também é pouco eficiente para conter inflação de custos. No final, este juro real violenta a economia, alimentando a inflação, até atingir, se é que não já atingimos, a situação de dominância fiscal.
Joaquim Antônio Pereira Alves – Santos/SP