Justiça
Comentando a morte de um bebê brasileiro, no Líbano, em decorrência de bombardeio israelense, minha fisioterapeuta, em tom de revolta, lamentou a incapacidade de fazer algo para sustar a violência contra inocentes. E mais revoltada pelo fato de que quem poderia fazê-lo aduz meras exortações no sentido de se cessar a guerra. Sem adentrar no mérito de quem tem razão – acho que nenhum dos lados – o comportamento de Israel está errado. Mesmo admitindo-se a franquia do Direito internacional, pelo qual se justificasse de forma absoluta a “retaliação”, os ataques ao povo libanês não seriam aceitáveis. No plano jurídico, diz-se que a revanche não é justa. Há mais de 2000 anos já alertava Cícero sobre os limites da realização da justiça, em frase que se tornou aforismo jurídico: “summum ius, summa iniuria” (a justiça máxima é injustiça máxima, em tradução livre). Quando o custo da realização da justiça é desproporcionalmente elevado para o paciente diante de eventual “compensação” do agente, a execução do ato o deve ser abominada. O limite da interdição é objetivo: a dimensão do dano causado frente ao dano sofrido. Não há lugar para a vingança no direito. É um marco civilizatório.
Raul Moreira Pinto – Passos/MG
Viajar de avião
Na quinta-feira, 07/11 o avião da Gol, em que eu estava aterrizou em Congonhas e pude constatar o verdadeiro caos. Ficamos uma hora dentro da aeronave, pois não havia espaço para estacionar. No aeroporto de Ribeirão Preto o passageiro ao embarcar na aeronave tem de usar escadas carregando a mala. Esse não é um fato isolado, até em Guarulhos, o maior aeroporto do Brasil isso acontece. Onde estão as rampas? Fala-se tanto em mobilidade e o que se vê é um verdadeiro desrespeito ao passageiro. Sem contar que a maioria dos passageiros desse voo, tinham conexão e perderam seus voos. Simplesmente vergonhoso o que acontece nos aeroportos quando se trata de pousos, decolagens, atrasos, cancelamentos e entregas de bagagens (que em Guarulhos leva até 100 minutos). O ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos conhece essa realidade? Sabe que a ANAC está sem presidente? Infelizmente, o povo está se acostumando a ser maltratado e perdendo a vontade de se indignar.
Izabel Avallone – São Paulo/SP