11 de outubro de 2024
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Resultado eleitoral
As urnas foram ingratas com o PT. O partido quase passa vergonha no primeiro turno das eleições. Antes de ser preso, acusado de corrupção, Lula era imbatível. Craque nas urnas. Colocava o PT nas nuvens. Nos píncaros da glória. Lula elegia até poste. Lula e o PT não tinham adversários. Hoje, o quadro mudou. A buchada salgou, a picanha sumiu. A pinga virou vinagre. Viagens internacionais de Lula, muita conversa fiada, críticas a Israel e à ONU não deram votos para o PT e filiados. O PT parece mais um quadro amarelado na parede. O partido murchou. Lula não convence mais o povo com a facilidade. Tem que fazer tudo praticamente sozinho. Bater o corner e correr para cabecear no gol adversário. O desgaste físico é visível. Boulos bota os bofes para fora, implorando que Lula não saia de perto dele, no segundo turno. Risco de Lula colar em Boulos é imenso. Se Nunes vencer Boulos quem mais vai sofrer em 2026 é Lula. Para Boulos, vida segue mansa. Reassume o mandato de deputado federal. Numa boa. Cresceu muito, por sua vez, o PSD de Gilberto Kassab. Passou o MDB em prefeituras. São 882 contra 856 do MDB. Kassab é mago dos bastidores da política. Discreto e eficiente secretário o governador paulista Tarcísio de Freitas. Com o trator de Kassab também contra o PT, mais uma razão para Lula colocar as barbas brancas de molho. Bolsonaro também comendo as urnas pelas beiradas. Fartou-se de eleger e reeleger aliados. É outro aliado forte de Nunes no segundo turno. Quem gosta de política acirrada, com chutes na virilha e acusações de envergonhar anjos, esperem 2026. Terá de tudo, bastante.
Vicente Limongi Netto – Brasília/DF
Naufrágio do PSDB
No meio de todas as polêmicas e destaques das eleições municipais, um fato chama a atenção: o naufrágio do PSDB, partido historicamente relevante no cenário nacional e tribo de muitos caciques famosos do passado. O recado das urnas é claro; ou o PSDB busca em seu baú as boas inspirações do passado e se reinventa, ou desaparecerá como o Titanic, para ficar apenas na história.
Sérgio Eckermann Passos – Porto Feliz/SP