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Do Leitor

27 de janeiro de 2024

Desorientado

Lula da Silva se queixou para os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Mauro Vieira, das Relações Exteriores, sobre a falta de sintonia e coordenação da equipe brasileira durante o encontro com o presidente paraguaio, Santiago Peña, na segunda-feira, 15, em Brasília. A reunião tinha como propósito discutir o preço da energia gerada pela usina de Itaipu, cujo valor o governo do país amigo reivindica aumentar a fim de financiar projetos de desenvolvimento e infraestrutura. Lula já entrou contrariado no evento por entender que a questão teria que ser debatida entre assessores diplomáticos e não entre presidentes. Diante, porém, da insistência do governo paraguaio de envolver diretamente os chefes de estado, por considerar a questão como estratégica, Lula se sentiu compelido a participar pessoalmente. Acontece que Peña e sua assessoria vieram munidos de dados e argumentos consistentes, recorrendo até a entendimentos históricos assinados em 2009 pelo próprio Lula e o então presidente Fernando Lugo, no qual se comprometeram a sanar desigualdades no continente. Segundo observadores, no entanto, Lula de hoje estava mal orientado e sem propostas concretas para levar a debate. Assim, a reunião se encerrou sem conclusão, somente com a promessa do governante brasileiro de que voltará a debater o impasse em futura visita sua ao país amigo. Tudo leva a crer que a descoordenação no presente governo é mais palpável do que parece.

Paulo Roberto Gotaç – Rio de Janeiro/RJ

Manda quem pode

Beira a imoralidade a falta de pudor nos ingentes esforços do ministro presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para reunir o quórum necessário para o julgamento. É quase certa a condenação do ex-juiz e hoje senador Sergio Moro. Sem disfarces, esse grupo político ideológico e vingativo composto por expoentes do Partido dos Trabalhadores, capitaneados pelo presidente Lula da Silva querem, de qualquer modo, vingar-se da Lei e da Justiça que ousaram macular a alva túnica do santo presidente Lula, condenando-o, então, por crimes diversos, e todos devidamente apurados, comprovados, julgados e que o condenaram. Mas, como dizem, em política manda quem pode, quem arrecada e quem distribui as benesses desse capitalismo de oportunidades.

Marcelo Gomes Jorge Feres – Rio de Janeiro/RJ