Ponta pé inicial…

Hoje, com meus 89 anos, recordo o que aconteceu no longínquo passado. Lendo o livro de Antônio Grilo, GLÓRIA – Memórias de Cidade de São João Batista, pode-se ler p.171  “30. Padre Pedro (ou Pierre) Bedouch (francês) vigário substituto de 14.05.1967 a   28,12.1970….” . Nesta longínqua época aconteceu o seguinte: Fiquei sabendo que o Vigário de Delfinópolis, Cônego Ivo Soares de Matos, estava doente. Poucos dias depois percorri os mais de 70 km de estrada de terra, e ele me recebeu chorando, dizendo: “Faz mais de 5 meses que estou doente, você é o primeiro Padre a me visitar! “.  Delfinópolis, como São João Batista do Glória, eram paróquias que pertenciam à Diocese de Luz.

Poucos dias depois, em Passos, encontrei o Bispo de Guaxupé, Dom José de Almeida, que me pediu fazer um relatório do ocorrido. Lembro me que, depois do relatório escrevi:  “Delfinópolis é ligado a Cassia que é da Diocese de Guaxupé, São João Batista do Glória é ligado a Passos que é da Diocese de Guaxupé e ambos os Municípios e Paróquias são separados do resto do Brasil e da Diocese de Luz por uma serra “intransponível”  (O Bispo achou graça da palavra, mas acho que esta  certa, pois até hoje não há uma estrada boa que atravessa a Serra da Canastra.

Para ir de Delfinópolis a Luz precisa passar por Cassia, Itaú, Passos, Piumhí,  Pimenta, Formiga, São Antônio do Monte, Lagoa da  Prata, isto é percorrer mais de 300 km, enquanto que para ir em Guaxupé via Cassia, Itaú, Fortaleza de Minas, Jacuí tem cem e poucos quilómetros  e pode-se mais conviver com o clero da  Diocese de  Guaxupé por causa das distâncias.

Quanto a mim, em 1974, deixei o Sacerdócio, continuei como professor de Matemática, Física, Francês, e um dia soube que  Delfinópolis e São João Batista do Glória  pertenciam à Diocese de Guaxupé. A Nunciatura Apostólica, representação do Vaticano no Brasil, reconheceu que o  meu relatório tinha fundamento…

Pierrre Bedouch – Passos/MG E-mail: p.bedouch@uol.com.br

Geraldo Alckmin

O neo-bobista Geraldo Alckmin fala fala e não diz nada. Virou petista admirador de Lula a quem sempre combateu. Deu um jeito de entrar no governo e está ali totalmente à toa ou quando muito tirando fotos com terroristas.

Nelson Falseti – São Paulo/SP