Opinião

DO LEITOR

12 de agosto de 2024

Esporte é oportunidade

A Olimpíada nos mostra que investir em crianças com talento para atividades físicas é, também, uma forma de universalizar as oportunidades no Brasil. O menino que ganha um tênis para correr e a menina que poderá ser uma grande ginasta ou não serão, com certeza, melhores cidadãos. Uma pista de atletismo, professores e infraestrutura significam inclusão e oportunidades. Quantas empresas bilionárias neste Brasil de fome não investem um tostão em esportes, enquanto preferem campanhas milionárias em meios de comunicação para transmitir uma imagem de responsabilidade social? Infelizmente, muitas empresas querem resultados imediatos e, quando veem um atleta brilhar, então buscam patrocinar apenas o sucesso, na maior desfaçatez. É por esse tipo de mente pequena e visão curta que o País perde milhares de talentos e, com 215 milhões de habitantes, ganha poucas medalhas proporcionalmente.

Manoel José Rodrigues – Alvorada do Sul/PR

O temor de Amorim

O assessor de assuntos internacionais do presidente Lula, Celso Amorim, diz “temer por um conflito grave” na Venezuela. Nessa linha, Amorim deve considerar que as atuais dezenas de mortes e centenas de prisões, inclusive de líderes políticos contrários a Nicolás Maduro, devem ser meros ensaios de uma tragédia anunciada ainda maior.

Vicente Limongi Netto – Brasília/DF

Demagogia olímpica

Além de nossos sempre contraditórios sentimentos de alegria e decepção diante das vitórias e dos fracassos do Brasil na Olimpíada, neste ano nos deparamos com uma nova sensação: descobrimos que também os nossos atletas pagam Imposto de Renda sobre os prêmios a duras penas conquistados. Mas o presidente Lula, numa reação populista aos incansáveis memes contra o ministro Haddad na internet, edita medida provisória isentando aqueles rendimentos. A causa é nobre, mas a discriminação tributária é inconstitucional. Não seria mais eficiente aumentar os prêmios pagos e ter políticas mais efetivas de incentivo ao esporte? Ora, mas desde quando a eficiência importa, não é?

 

José Luis Ribeiro Brazuna – São Paulo/SP