30 de setembro de 2024
Diniz é o terceiro técnico a dirigir o Cruzeiro na Copa Sul-Americana 2024./ Foto: Reprodução
PASSOS – Fernando Diniz, recém-chegado ao comando do Cruzeiro, tem um grande desafio pela frente: quebrar um jejum internacional de 25 anos e realizar um feito inédito no clube. A Raposa, que dominou o cenário continental na década de 1990, nunca conquistou um título em competições de mata-mata com mais de dois técnicos diferentes durante a mesma campanha. Para mudar essa história, Diniz terá que superar essa marca e levar a equipe ao topo da Copa Sul-Americana.
O Cruzeiro fez mudanças no comando técnico em momentos cruciais nesta temporada. O argentino Nicolás Larcamón iniciou o trabalho na equipe em dezembro, mas deixou o cargo em abril, após as duas primeiras rodadas da fase de grupos da Sul-Americana. Em seguida, Fernando Seabra assumiu e foi demitido após a primeira partida das quartas de final contra o Libertad. Foi com Diniz que a equipe celeste avançou à semifinal, depois de um empate por 1 a 1 no jogo de volta contra o Libertad, garantindo a vaga no placar agregado (3 a 1). Agora, Diniz se prepara para enfrentar o Lanús na próxima fase, buscando quebrar o tabu.
Em edições passadas, o Cruzeiro só trocou de treinador durante as campanhas vitoriosas em duas ocasiões: na Libertadores de 1997, com Paulo Autuori assumindo após a saída de Oscar Bernardi; e na Copa do Brasil de 2000, quando Marco Aurélio entrou no lugar de Autuori para conduzir a equipe ao título, com a certeza de que seria substituído por Luiz Felipe Scolari posteriormente.
Embora a história celeste não favoreça essas trocas de comando, Diniz pode se inspirar em outros exemplos recentes do futebol brasileiro. Ney Franco, em 2006, conquistou a Copa do Brasil pelo Flamengo após assumir o time apenas nas duas partidas finais contra o Vasco. Já em 2021, Alberto Valentim chegou ao Athletico Paranaense às vésperas da final da Sul-Americana e levou o clube ao bicampeonato diante do RB Bragantino.