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Dicionário das ruas de Passos conta história dos nomes de vias e praças

17 de fevereiro de 2024

Foto: Arquivo FM.

Leonardo Natalino

PASSOS – Com 1.218 ruas e avenidas, segundo informações da prefeitura, Passos homenageia personalidades do município, do estado e do país e também outras cidades, estados, pássaros, plantas, profissões e acontecimentos históricos por meio dos nomes para as vias públicas. No livro ‘Caminhos de Passos – Dicionário dos Nomes das Ruas, Praças e Avenidas, é possível verificar a história por trás dos nomes.

A avenida Dr. Breno Soares Maia, por exemplo, homenageia o médico passense homônimo, nascido em 22 de janeiro de 1911, que atuou durante três anos na Santa Casa e foi diretor do Colégio de Passos. Também foi vereador e presidente da Câmara, entre 1959 e 1962. Já a Juca Stockler leva esse nome por conta do coronel e dono de farmácia passense, nascido em 1864.

Francisco Avelino Maia é o nome de um agricultor nascido na cidade, em 10 de novembro de 1893. Ele está ligado como organizador, colaborador ou benemérito da Santa Casa, Sociedade São Vicente, igrejas, instituições de ensino, órgãos assistenciais e clubes recreativos.

Outra figura que nomeia uma avenida em Passos é Arlindo Figueiredo. Ele nasceu em Passos, em 29 de janeiro de 1889, e foi coletor estadual na cidade de Guapé e coletor municipal na Prefeitura de Passos. Era o pai de José Figueiredo, ex-prefeito da cidade.

Geraldo da Silva Maia nasceu em 30 de setembro de 1913 e foi eleito prefeito de Passos em 1947. Durante sua administração foram construídas a Praça do Rosário – que leva o seu nome -, três grupos escolares, a Estação Rodoviária, e um sistema de captação de água. Em seu segundo mandato, eleito em 1954, foi preso por conta do uso indevido de bens públicos. Morreu na prisão.

Monsenhor Messias Bragança foi um sacerdote que nasceu em Pouso Alegre, em 1889. Em 1931, assumiu a Paróquia da Matriz, a qual dirigiu até 1968, ano de sua morte. Foi o fundador do Educandário Senhor Bom Jesus dos Passos, do Asilo São Vicente de Paula, da Casa Paroquial e do Carmelo São José. Ele dá nome a Praça da Matriz.

Antônio Carlos, que dá nome a rua Presidente Antônio Carlos, nasceu em Barbacena, em 1870. Ele foi prefeito de Belo Horizonte e, em 1926, foi eleito presidente do estado de Minas Gerais.

Lourenço de Andrade é passense e nasceu em 29 de dezembro de 1888. Foi médico e atuou na Santa Casa. Também foi prefeito de Passos, onde governou durante 18 anos. Na prefeitura, realizou a construção do Colégio de Passos e a instalação de 25 escolas rurais.

Barão de Passos é o nome da rua que faz referência a Jeronymo Pereira de Melo e Souza, o fundador da Santa Casa de Misericórdia e responsável pela reconstrução da Igreja Matriz Senhor Bom Jesus dos Passos. Ele nasceu em 1814, em Lavras.

A rua Dr. Saturnino homenageia Saturnino Amâncio da Silveira, nascido em Andrelândia, em 6 de junho de 1842. Em Passos, no ano de 1873, foi nomeado juiz municipal. Também foi juiz de direito e deputado provincial.

Já a Afonso Pena, a menor rua de Passos, tem esse nome por conta do presidente da república, que governou de 1906 a 1909. Natural de Santa Bárbara, ele foi o primeiro mineiro a ocupar o cargo. A maior rua da cidade é a Goiás.

A rua Loulou é uma homenagem ao imigrante português Antônio Caetano Faria Lollou, nascido em 1822, e que chegou a Passos jovem. Era dele o terreno onde se encontra o Cemitério Municipal. Loulou, como era apelidado, foi um dos idealizadores da capela de Nossa Senhora da Penha, iniciando a construção em 1864.

A rua Gonçalves Dias leva o nome de Antônio Gonçalves Dias, poeta brasileiro da corrente indianista. Natural do Maranhão, também produziu obras de teatro, filosofia, etnografia e história.