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Dia do Agricultor é comemorado neste domingo; Passos tem 1,2 mil, aponta Emater-MG

27 de julho de 2024

Cenário agrícola passense conta com o predomínio do cultivo de cereais, cana de açúcar e café / Foto: Reprodução

LUISA SCANDORILLI

 

PASSOS – Passos tem cerca de 1,2 mil agricultores, segundo informações da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG) no município. O número compreende profissionais que atuam na agricultura familiar e de médio e grande portes.

Neste domingo, 28, é comemorado o Dia do Agricultor. A data foi instituída em 1960, durante o governo do ex-presidente Juscelino Kubitschek.

Segundo o extensionista da Emater em Passos Paulo César Stripari, o município conta com cerca de 1,2 mil agricultores rurais, que integram os segmentos da agricultura familiar e de médio e grande empresas.

“No cenário agronômico de Passos predominam culturas de cereais (soja, milho e sorgo) com aproximadamente 35 mil hectares cultivados nas duas safras. Logo após, vem a cana de açúcar com 15 mil hectares a cafeicultura com 3,6 mil hectares”, afirma.

“No município, predominam os latossolos vermelhos, os argissolos vermelhos e vermelhos amarelos. Além disso, o solo regional tem entre média e alta exigência de fertilizantes e corretivos para adequação de seu estado nutricional”, aponta Stripari.

Para ele, o trabalho na agricultura demanda dedicação e a busca por atualização. “É necessário ter gosto pelo trabalho, ser persistente e, como em toda atividade, buscar sempre se atualizar, ser um bom administrador, economista, climatologista, botânico, químico”, disse.

“As tecnologias hoje disponíveis, os conhecimentos sobre a fisiologia das plantas e a assistência técnica possibilitam uma gama muito grande de cultivos. Portanto, o escoamento desta produção e o mercado que acabam definindo o rumo a tomar”, apontou o extensionista.

Raízes

Wilson de Faria, atual vice-presidente do sindicato rural, iniciou a trajetória no ramo aos 22 anos, quando se formou em técnico de Agropecuária. Ele afirma que se tornou agricultor com a ajuda do pai, José Amaro Faria Rosa, que começou a vida no campo com 5 mil pés de café.

“Após o auxílio do meu pai, juntei dinheiro e comprei cinco alqueires, onde eu e minha esposa trabalhamos juntos e conseguimos comprar mais terras. O esforço harmonioso e trabalho familiar foi fundamental para meu crescimento pessoal e profissional, por isso, alcancei o patamar almejado como produtor rural”, afirma.

“Não tínhamos dinheiro para comprar maquinários como trator, secador, além de maquininhas pra roçar o mato do café, assim, meu sogro emprestava o trator, para eu fazer a adubação e puxar o café da lavoura”, disse.

Segundo Faria, para se tornar um bom agricultor é preciso, principalmente, de tecnologia e se adequar às normas atuais de certificação da produção, além de produzir com amor. “Amo a terra e tenho um carinho enorme pelo cultivo, porque do que brota dela tem passado de geração em geração”, aponta.