PASSOS – Hoje é comemorado o Dia da Empregada Doméstica. A data celebra as profissionais responsáveis pela arrumação, organização do lar e preparação de refeições, entre outras tarefas.
Irene Ferreira da Silva, de 56 anos, viúva, mãe de quatro filhas, e moradora do bairro Jardim Aclimação, em Passos, e trabalha há 18 anos e cobra mais valorização da profissão. “Adoro o que faço na profissão e estou há 18 anos apenas em uma casa. Inclusive aos sábados, sou diarista em outra. Pena que não somos valorizadas pelo que fazemos como limpar, lavar, passar, preparar refeições e muitas outras tarefas”, comentou.
Rosane Alves de Oliveira, casada, mãe de quatros filhos e residente no bairro Primavera I, conta que atua há 23 anos. “Quando era jovem, as minhas condições financeiras não eram favoráveis para me aprofundar nos estudos em uma faculdade, por exemplo, porém sou feliz onde trabalho há quase quatro anos, porque é uma família maravilhosa e que me ajuda muito.”, afirmou.
“Ela procura agradar minha mãe, meus filhos e netos. Consideramos a Rosa como um membro da nossa família pelo seu carinho com todos. É competente, responsável e trabalhadora. Um amor de pessoa que a considero muito”, declara Silvia Macedo, patroa da Rosane.
“Eu não gosto de ficar entrando em conversas dos patrões e nem dar palpites. Faço meu trabalho com carinho e atenção para que os outros fiquem satisfeitos. Só quando for necessário por parte da Sílvia, ou de sua mãe, a dona Nenzinha. Um amor de pessoa”, afirma Rosane.
Com 94 anos de idade, Ambrosina Ferreira Cardoso, mãe de Sílva, comemorou recentemente o aniversário no Santuário de Nossa Senhora Aparecida. “Ela é demais. Gosta de cozinhar e fazer doces gostosíssimos. Fico impressionada com sua disposição. E uma vez por semana, faço a faxina em seu apartamento, e no mesmo andar do da Sílvia”, contou a trabalhadora.
Origem
O Dia Nacional da Empregada Doméstica é lembrado em homenagem à Santa Zita, considerada a padroeira das auxiliares do lar. Ela nasceu em 1218, na cidade de Lucca, na Itália, e trabalhou desde os 12 anos até a morte para uma família italiana.
Zita era conhecida por ser bastante generosa com os pobres, tirava sempre o seu (pouco) dinheiro para oferecer aos menos favorecidos que sempre batiam à porta da família para a qual trabalhava. Faleceu em 27 de abril de 1271 e, devido a seu exemplo de santidade, o papa Inocêncio XII a canonizou em 1.696 e declarou-a como a ‘Santa das Empregadas Domésticas’.