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Dia a Dia

LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO

Cabe aos pais educar?

Sim! Expliquemos! Aos pais coube a geração dos filhos, portanto, mesmo não sendo os filhos “propriedades” dos pais, cabe a eles educar, corrigir, orientar e dar aos filhos as condições de crescimento sadio, em todos os sentidos, até que se tornem adultos e possam viver por conta própria, cada filho tomando o seu rumo na vida conforme a educação que receberam e exercendo a sua vocação ou aptidões profissionais. A família é sagrada e importante!

Assim, entendemos que a educação básica, moral, ética, orientação de vida, respeitando a individualidade de cada filho, é responsabilidade dos pais, sim! Não significa que a escola, principalmente nos primeiros anos da infância, não possa ajudar, colaborar.

O que não se pode é deixar apenas por conta da escola, das professoras, a responsabilidade de educar. Na verdade, elas são maioria no ensino infantil. Até porque as crianças são incluídas no ensino para começar a aprender quando já estão por volta dos seis ou sete anos de idade.

Se até nessa idade já não foram educadas para ter alguma responsabilidade e respeito para viver em comunidade, não será a escola que conseguirá corrigir a irresponsabilidade dos pais. A escola trabalha com classes de alunos que comportam cerca de cinquenta crianças, geralmente. Talvez, possa haver classes com menos crianças, mas depende de cada lugar, circunstâncias e população em idade escolar.

Um fato é verdade, não se pode deixar única exclusivamente por conta da escola. Ela, por mais que se esforce e aplique as modernas técnicas de pedagogia e psicologia, não dará conta satisfatoriamente, cem por cento, de conseguir corrigir os erros que vieram de casa, da família. O ideal é a família educando, orientando e, de braços dados com a escola, acompanhando o desenvolvimento do filho e colaborando, e muito, para estar atenta e bem informada da vida do filho.

Apenas levar o filho até à porta da escola e entregá-lo ao bedel, inspetor de ensino ou mesmo ao porteiro da escola e lavar as mãos, ao menos até chegar a hora de buscar o filho, sem procurar saber como foram aquelas horas dentro da escola, não é uma boa condição de comportamento.

É preciso especular, conversar, saber se tudo ocorreu bem, se não houve transtornos, se aquelas horas passadas dentro da escola foram agradáveis e frutíferas. Conversar com diretores, professores, funcionários, colegas do filho e depois com o próprio filho. Conversas rápidas, é claro, pois ninguém tem tempo para discursos ou dissertações.

Um “oi”, um ligeiro cumprimento, uma pergunta rápida para saber se correu tudo bem, já pode ser o suficiente, pois se aconteceu algo fora do normal, menos grave, as pessoas farão logo um pequeno comentário. Se houve algo grave, aí a conversa poderá se estender. Enfim, cada criança é um caso à parte, cada situação tem de ser tratada de forma específica. É para isso que o professorado recebe formação apropriada para a nobre arte do ensino.

Falando em educação, por ser eu adepto de que educação é responsabilidade da família, dos pais, não concordo muito com o termo “educação” para as atividades escolares. Não concordo com a expressão “Educação”, para as secretarias municipais ou estaduais e ainda para o ministério.

Eu preferiria outra denominação para essas entidades: Secretaria Municipal ou Secretaria Estadual para o Desenvolvimento Escolar e Profissional e Ministério para o Desenvolvimento Escolar ou Profissional. Algo assim, é apenas uma ideia. É uma opinião minha, pessoal, não sou dono da verdade e nem tenho poder algum para tentar mudar algo que já está enraizado na cultura ou política nacional.

Todavia, acredito que seria uma forma de incutir na cabeça de muitos pais que as escolas são lugares de aprendizado, de se conseguir saberes. Os alunos precisam receber conhecimentos necessários para a vida de cada um. Que sejam respeitadas, é claro, a individualidade, as necessidades, as facilidades e dificuldades de cada um deles.

É bom lembrar, também, que os diretores, professores e demais funcionários da escola, nos seus diversos cargos, são pessoas humanas, com seus problemas, aptidões e capacidades, todos sujeitos a erros e acertos. Nada é perfeito, mas todos trabalham para oferecer o melhor.
Outro grande problema é o esfacelamento das famílias e outras situações mais. Um assunto para uma possível outra ocasião.

LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO, professor de oratória e de técnica vocal para fala e canto em Carmo do Rio Claro/MG, ex-professor do ensino comercial com reg. no MEC, formado no curso normal superior pela Unipac. E-mail: luizguilhermewintherdecastro@hotmail.com

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