Ícone do site Folhadamanha

Dia a Dia

LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO

informações antigas, mas interessantes

Da revista Voz Missionária, de 1975, ano XLVI (46), número 1, referente ao trimestre fevereiro, março abril, extraímos algumas informações da época, que poderíamos, talvez, transportar para os dias atuais, mas guardando os avanços tecnológicos em todas as áreas da vida humana e o aumento populacional. As estatísticas talvez sejam outras, é claro! Contudo, a doença continua existindo.

O texto diz que em uma cidade com 100 mil habitantes, 8.800 pessoas sofrem de varizes; 750 pessoas têm úlceras nas pernas; 2.250 pessoas com síndrome trombótico ou pós trombóticos (ipsis litteris). Significa, como pesquisei, uma complicação mais tardia da trombose venosa, quando há uma persistência dos sintomas da dor e do inchaço na perna que foi e está comprometida depois do tratamento total do coágulo venoso. Bem, nada melhor que um médico para explicar o problema.

Normalmente, 64,5 % das pessoas que ficam muito tempo em pé, que trabalham em pé, sofrem de varizes. Aliás, eu me lembro de um cirurgião-dentista, em São Paulo, que não conseguia, não se acostumava a atender os pacientes usando a cadeira apropriada para o trabalho. Era novo ainda e já tinha problemas de varizes. Isso foi lá pelos idos de 1980, início dos anos de 1990.

O texto ainda diz que as pessoas mais atacadas pela doença, estão nas faixas etárias de 45 a 55 anos de idade. A incidência de varizes ocorre de duas a três vezes mais em mulheres.
Quando as varizes não são tratadas logo no início, quando tardiamente ou de forma inadequada, podem resultar em consequências graves para a pessoa. O texto também cita que a hemorroida não deixa de ser um tipo de varizes.

Quando uma pessoa sente sensações de pernas pesadas, dores, um edema leve, percebe alterações cutâneas, ela precisa se preocupar porque são sintomas de varizes. As varizes são provocadas por uma insuficiência de circulação. O texto termina com a propaganda de um medicamento para tratamento das varizes, que nem sabemos se ainda existe e não cabe aqui mencionar, pois hoje já devem existir remédios e procedimentos mais avançados, é claro! Não queremos menosprezar os existentes na época, pois sabemos que medicamentos muito bons existiram e saíram de circulação.

Aliás, um frade conhecido meu, me disse que os padres alemães que chegaram ao Brasil no início do século XX, admiravam ver as pessoas do interior usarem remédios naturais e caseiros para diversos tratamentos e que davam certo. Tal prática ainda existe hoje, talvez com menor frequência, mas na internet temos visto muita difusão de tratamentos caseiros. Acontece que é preciso tomar cuidado, pois os embusteiros também existem. O correto é pesquisar a fonte para saber se é idônea. Vale até consultar um médico.
Sabemos também que os nossos silvícolas sempre dispuseram dos recursos da natureza para curar os seus males do corpo.

Além das práticas esotéricas baseadas na religião dos povos ou na filosofia deles, há também uma certa confusão e mistura com práticas de ocultismo, magia e mesmo bruxaria. Todo o cuidado é pouco, principalmente quando se trata da saúde do corpo e da saúde mental, também. Acreditar em milagres quando a medicina já não tem mais respostas, argumentos ou recursos para um tratamento é um direito de qualquer um. O que vale é a fé naquilo que se acredita.

Ninguém deve entrar de cabeça, como costumam dizer, em soluções apresentadas como milagrosas, sem bases empíricas, sem comprovações de terem dado certo anteriormente com pessoas que sofreram do mesmo mal. Acreditar em milagres conforme a fé da pessoa é uma situação, acreditar em promessas milagrosas sem base, sem provas, é outra situação e muito perigosa. Os resultados poderão ser desastrosos. Poderá ocorrer de alguém enveredar por um caminho sem volta, com consequências imprevisíveis e danosas, com um final de tragédia.

Repetimos que, em matéria de saúde, de preservação do corpo, de tratamentos de doenças, seguir os recursos e conselhos da medicina é o caminho ideal. Como já dissemos, só quando a medicina não tiver mais respostas ou recursos, poderemos ou devemos acreditar em milagres, conforme a crença de cada pessoa. Aí, já é uma questão íntima, pertence à consciência e desejo de cada um.

LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO, professor de oratória e de técnica vocal para fala e canto em Carmo do Rio Claro/MG, ex-professor do ensino comercial com reg. no MEC formado no curso normal superior pela Unipac. E-mail: luizguilhermewintherdecastro@hotmail.com

Sair da versão mobile