7 de junho de 2024
Foto: Reprodução
O Natalício, o Bar do Zé Gabriel e a cerveja
PAULO ROBERTO CORÓ FERREIRA
O Natalício morava no São Benedito e era um pretinho bonito, simpático e trabalhador. Preto liso, pele muito boa, parecia-se muito com o Kunta Kinte (da série “Raízes – A Saga de uma família americana” exibida no Brasil nos anos 1980).
Natalício e eu fomos bons amigos. Apesar de ser empenhado e trabalhador, as coisas no Carmo não andavam bem na época e trabalho andava escasso.
Em um sábado, Natalício doido para tomar uma cervejinha, não tinha dinheiro. Entrou no bar do Zé Gabriel, que era também uma pastelaria e ficava na rua que desce para o São Benedito. Era onde é hoje o açougue do Virgílio e antes foi a venda do Nelson, na esquina, bem em frente à casa do Chiquinho peixeiro, pai do Odeval.
Meio sem jeito de pedir fiado e chateado por querer tomar uma cerveja sem ter dinheiro, Natalício nota o cartaz no bar do Zé Gabriel:
“Cerveja: à vista -> 2,80 – a prazo -> 3,50”
Chamou o Zé Gabriel no canto do balcão e, envergonhado e em um tom baixo de voz, lhe disse:
– Zé, me vê uma cerveja de 3,50, por favor.
PAULO ROBERTO CORÓ FERREIRA é carmelitano, pós-graduado em Ciência da Computação pela UFMG. É autor do livro “Viagem pela Alma Carmelitana”, lançado em 2021, com as histórias de sua terra.
Ressignificação Mental
CAROL PRADO
É importante reconhecer que enfrentamos desafios diários em diversos aspectos da vida. Muitas vezes, é difícil encontrar equilíbrio entre o cuidado espiritual, emocional e físico que o nosso corpo necessita, especialmente em uma era que valoriza a busca por resultados instantâneos. Isso tem contribuído para o aumento da ansiedade e da depressão.
Devido a esta pressão psicológica, ficamos presos no passado, nas memórias, ou ansiosos pelo futuro, impedindo-nos de viver plenamente no presente. Para lidar com esse processo, é essencial reservar um tempo diário, mesmo que breve, para acalmar a mente e buscar por uma nova perspectiva sobre eventos passados não resolvidos. Ao fazer isso, podemos encerrar cada dia com os conflitos resolvidos e uma nova compreensão daquilo que podemos ou não modificar.
Torna-se necessário, então, se reservar, diariamente, pelo menos, 15 minutos para silenciar a mente e buscar uma nova percepção, de ressignificação, sobre eventos que não foram bem resolvidos. Ao fazer isso, podemos encerrar cada dia com os conflitos resolvidos e uma nova compreensão daquilo que podemos ou não modificar. Existem técnicas para isso que explicarei em próximo artigo.
A prática da ressignificação mental não apenas nos ajuda a lidar com os desafios diários, mas também nos permite encontrar um equilíbrio emocional mais sólido. Ao desenvolver essa capacidade de reavaliar nossas experiências passadas e presentes, podemos alcançar uma vida mais plena e satisfatória. É fundamental reconhecer a importância desse autocuidado mental para promover uma saúde emocional duradoura.
Destaco ainda o incentivo para uma vida mais positiva, o aumento da resiliência emocional e o auxílio sobre como lidar melhor com desafios e adversidades. Além disso, a ressignificação mental pode propiciar o desenvolvimento pessoal e o bem-estar emocional.
CAROL PRADO, Formada Terapias Integrativas Complementares pela Unopar