Cine Guarani, Sérgio do Alípio e Alice
Sérgio do Alípio, irmão do Zé Reis, leiloeiro e taxista, assistiu certa vez a um filme em Passos. O filme terminava com a protagonista, que se chamava Alice, caminhando em uma estrada ao entardecer. Nesse momento, pouquinho antes do filme terminar, ela olha silenciosamente para trás com um olhar enigmático e depois se vira e continua caminhando pela bela estrada. Sérgio gostou muito do filme e da história que terminava tristemente.
Como todos em sua casa, Sérgio também é muito espirituoso. E coincidiu que o mesmo filme estava em cartaz no Cine Guarani em um fim-de-semana em que ele estava no Carmo. Resolveu então ir ao cinema rever o filme e também aproveitar para fazer uma brincadeira de muito bom gosto com as pessoas presentes. E como em todas as seções do Cine Guarani, o filme foi sendo exibido, uma grande e triste história de amor, a socialização durante o intervalo, compra de balas e chocolates, um cigarrinho, amistosas conversas e o Sérgio lá, aguardando ansiosamente o final do filme, do qual ele se lembrava muito bem.
E finalmente aproxima-se o “The End”, Alice caminhando pela linda estrada e no exato momento em que ela ia se virar Sérgio se levanta e grita:
– Alice!!
E ela olhou para trás. Depois ele novamente:
– Ah, não é nada não, pode ir…
E ela se virou e continuou seu caminho. Todos os presentes se surpreenderam e o riso foi geral.
PAULO ROBERTO CORÓ FERREIRA é carmelitano, pós-graduado em Ciência da Computação pela UFMG. É autor do livro “Viagem pela Alma Carmelitana”, lançado em 2021, com as histórias de sua terra.
Ressignificação Mental
É importante reconhecer que enfrentamos desafios diários em diversos aspectos da vida. Muitas vezes, é difícil encontrar equilíbrio entre o cuidado espiritual, emocional e físico que o nosso corpo necessita, especialmente em uma era que valoriza a busca por resultados instantâneos. Isso tem contribuído para o aumento da ansiedade e da depressão.
Devido a esta pressão psicológica, ficamos presos no passado, nas memórias, ou ansiosos pelo futuro, impedindo-nos de viver plenamente no presente. Para lidar com esse processo, é essencial reservar um tempo diário, mesmo que breve, para acalmar a mente e buscar por uma nova perspectiva sobre eventos passados não resolvidos. Ao fazer isso, podemos encerrar cada dia com os conflitos resolvidos e uma nova compreensão daquilo que podemos ou não modificar.
Torna-se necessário, então, se reservar, diariamente, pelo menos, 15 minutos para silenciar a mente e buscar uma nova percepção, de ressignificação, sobre eventos que não foram bem resolvidos. Ao fazer isso, podemos encerrar cada dia com os conflitos resolvidos e uma nova compreensão daquilo que podemos ou não modificar. Existem técnicas para isso que explicarei em próximo artigo.
A prática da ressignificação mental não apenas nos ajuda a lidar com os desafios diários, mas também nos permite encontrar um equilíbrio emocional mais sólido. Ao desenvolver essa capacidade de reavaliar nossas experiências passadas e presentes, podemos alcançar uma vida mais plena e satisfatória. É fundamental reconhecer a importância desse autocuidado mental para promover uma saúde emocional duradoura.
Destaco ainda o incentivo para uma vida mais positiva, o aumento da resiliência emocional e o auxílio sobre como lidar melhor com desafios e adversidades. Além disso, a ressignificação mental pode propiciar o desenvolvimento pessoal e o bem-estar emocional.
CAROL PRADO, Formada Terapias Integrativas Complementares pela Unopar. | https://institutoccadof.com