29 de janeiro de 2024
Hábitos da mente – Parte 1
A revista Educatrix, ano 4, número 7, de 2014, página 27, da Editora Moderna, chegou até nós por acaso, ganhamos de uma pessoa amiga. Extraímos da página número 27, um assunto interessante. Dois autores, Arthur Costa e Bena Kallic propuseram 16 hábitos para a mente humana. Dizem ser hábitos que favorecem a tomada de decisões conscientes por qualquer pessoa, em qualquer época, lugar e situação. São frase curtas, ou melhor, enunciados. Procuramos entender os autores, tentando aqui, analisar o que desejam nos transmitir. Acreditamos estar no caminho certo.
Persistir (01) – Ter perseverança, ser persistente nos objetivos traçados, planejados cuidadosamente. É um dos hábitos da mente humana. Não significa ser teimoso, ficar cego e não enxergar o que não está dando certo. Se aparecem desvios, erros, é preciso ser paciente para entender o que está acontecendo, corrigir o que precisa e encontrar caminhos corretos. A persistência sempre será necessária nos prós e nos contras. Se surgirem empecilhos eles devem ser vencidos, com inteligência e paciência. Nada na nossa vida é perfeito. Há ventos a favor, assim como ventos contrários. Sempre ajustar as velas, como diz um ditado.
Gerenciar a impulsividade (02) – Quando as coisas estão dando certo e o nosso entusiasmo cresce a cada dia, a nossa tendência é ficarmos cada vez mais entusiasmados e o excesso dessa alegria toda pode ser prejudicial, pode nos tornar um pouco cegos, sem que vejamos os pontos fracos ou pequenos equívocos que surgem. O entusiasmo é necessário, pois até nos ajuda a persistir e como já vimos, a perseverança é necessária. Só que precisamos saber gerenciar a nossa impulsividade, a nossa alegria, o nosso entusiasmo. Tudo que é excesso pode ser prejudicial. Andemos com os pés no chão. Não importa que tenhamos a cabeça nas nuvens, que sonhemos, mas que tenhamos os pés bem fincados no chão. É preciso agir com a mente bem equilibrada.
Escutar os outros com atenção e empatia (03) – É um assunto delicado este aqui, pois podemos estar cercados de todos os tipos de pessoas, algumas demonstrando amizade sincera, colaborando conosco e outras fingindo amizade e sorrateiramente, disfarçadamente, demonstrando até inveja ou tentando atrapalhar. Ouvir as pessoas significa dar atenção a elas e depois analisar com calma, com tranquilidade as mensagens ou notícias que nos passaram. Nunca acreditar cegamente em tudo que falam. Muitas delas estarão realmente nos ajudando, mas outras poderão, apenas, fingir que colaboram conosco. Ter empatia com uma pessoa significa identificar-se com ela, pensar e agir da mesma forma que ela, mas é preciso ter cuidado com tudo isso, pois as pessoas não são cem por cento idênticas. O importante é analisar o caráter, a honestidade, a sinceridade das pessoas.
Pensar com flexibilidade (04) – Aqui, nós temos alguma situação a ver com o primeiro item de nosso texto. Falamos em persistir e demonstramos que não significa ser teimoso, irredutível. Portanto, ser flexível, para nós, significa entender corretamente o que acontece, como anda o nosso trabalho, o nosso projeto. Devemos observar claramente que é preciso fazer ajustes, corrigir caminhos, traçar novamente alguma parte do trabalho e não sermos teimosos. Precisamos ter a necessária flexibilidade de comportamento para colocar tudo no rumo certo. Ser teimoso, irredutível, não nos levará a um porto seguro. As velas do barco poderão ser rasgadas ou tombadas, se não soubermos ajustá-las. Os ventos vêm de todos os lados, já escrevemos sobre isso.
Pensar sobre o pensamento (metacognição) (05) – A palavra metacognição, pelo que aprendemos, significa a própria pessoa se concentrar e controlar a sua capacidade de conhecimentos, de pensamentos, de entender conscientemente o que está fazendo ou acontecendo. Ela mesma está se monitorando, se autorregulando. Portanto, pensar sobre o pensamento, pode até parecer um pleonasmo, uma redundância, mas não é. Entendemos que significa a pessoa ter controle sobre o que ela pensa, sobre suas ideias, conceitos, entendimentos e conclusões. É a pessoa ter controle sobre ela mesma. Será que isso seja totalmente possível ou quase? Já dissemos antes: nada na vida é perfeito, mas pode ser quase!
LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO, professor de oratória e de técnica vocal para fala e canto em Carmo do Rio Claro/MG, ex-professor do ensino comercial com reg. no MEC, formado no curso normal superior pela Unipac. E-mail: luizguilhermewintherdecastro@hotmail.com