LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO
Participar da educação dos filhos – Parte 3 (final)
“Fique de olho no aprendizado (04)” – “Confira as notas e o boletim de seu filho. Se forem boas, elogie-o. Se forem ruins, pergunte ao professor como você pode ajudar.” – Isso significa a eterna vigilância, mas não uma vigilância policialesca, com finalidade de punir, mas sim, de acompanhar o que está acontecendo, o que ocorre na vida escolar do filho.
O sentido é ajudar, estar atento para colaborar no desenvolvimento e aprendizado. Significa, também, cobrar dentro dos limites permitidos, com jeito, carinho, amizade, mostrando o interesse na vida do filho. Ser enérgico não significa ser opressor, mas mostrar autoridade sobre o filho, enquanto está sob sua tutela e fazer com que ele entenda que o desejado pelos pais é o seu progresso, o seu desenvolvimento.
Ao procurar saber se as notas conseguidas na escola são boas, não muito boas ou mesmo ruins, os pais terão de agir conforme os resultados apresentados. Se são notas boas, sinal de que o filho está se empenhando para se sair bem. Se não forem tão boas, é preciso saber os motivos e tratar de corrigir o que não anda bem e incentivar o filho para melhorar mais.
Agora, se as notas forem ruins em todas as disciplinas, é preciso se empenhar com mais afinco para entender o que está acontecendo. É comum um estudante não se sair bem em uma, duas ou até três disciplinas, pois ele não tem “vocação”, não tem aptidão para aquelas áreas do saber. Em contrapartida, nas outras áreas ele se sai bem.
É uma situação que precisa ser levada em conta. Por isso, já dissemos anteriormente, que existe uma nota mínima e uma máxima a ser conseguida. Nas áreas em que falta a aptidão, é preciso aprender, ao menos, o mínimo, para ser avaliado e levado à série seguinte. Vale a pena o esforço do aluno.
– “Veja se o seu filho está aprendendo o que deveria para a idade dele.“ – Para cada idade há um tipo de aprendizado a ser aplicado no aluno. Casos de “gênios” escolares são poucos, raros mesmo, são exceções. Para os alunos que estão dentro da normalidade do aprendizado e desenvolvimento, sempre haverá os que se destacam e os que estão no aceitável. Todavia, todos têm oportunidade de apender, de melhorar cada vez mais.
É preciso respeitar a idade de cada aluno, a sua maneira de ser, o seu comportamento como estudante, as suas facilidades e dificuldades. É preciso, também, que os pais conscientes, fiquem atentos para acompanhar tudo que ocorre na escola e na vida dos filhos. É a eterna vigilância, que já destacamos aqui. Sempre no bom sentido, tudo para acrescentar e não subtrair.
Nem todo filho gosta de escola ou de estudar, portanto é preciso muito trabalho inteligente dos pais e escola para despertar nele, mesmo que lentamente, o gosto pelo aprendizado. É preciso saber estimular o filho. Os professores, orientadores e pedagogos poderão ajudar nessa tarefa, dando dicas e conselhos aos pais.
Os primeiros anos da alfabetização são importantes e necessários. Após eles, se o filho não demonstrar mesmo interesse em prosseguir, é preciso despertar nele o desejo de aprender uma profissão, pois todas elas são importantes. O ideal é concluir o colegial. Depois, se não tem desejo algum de entrar num curso superior, o que sobra é ter um aprendizado profissional, de preferência de nível técnico.
Participar da educação dos filhos não é tarefa fácil, sabemos disso, mas é um trabalho que demonstra amor e preocupação com o desenvolvimento e formação dos filhos, pois eles estarão sendo preparados para o mundo, tornando-se pessoas responsáveis, confiáveis, confiantes e com formação ética e moral. Todo empenho dos pais, mesmo com sacrifícios, não será em vão.
O que não se permite é a negligência dos pais no crescimento e desenvolvimento dos filhos. Pais que não se preocupam com a vida dos filhos, desde o nascimento deles até se tornarem adultos, donos da própria vida, darão a impressão de que não amam seus filhos. Aliás, os verdadeiros pais estarão sempre preocupados e interessados na vida de seus filhos.
Para muitas mães e pais, os filhos sempre serão motivos de amizade, amor e carinho. O amor dos pais nunca morre, os filhos, para eles, são bênçãos de Deus. Portanto, que os bons filhos retribuam, na mesma proporção ou até mais, com muito amor, carinho, atenção e dedicação.
LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO, professor de oratória e de técnica vocal para fala e canto em Carmo do Rio Claro/MG, ex-professor do ensino comercial com reg. no MEC, formado no curso normal superior pela Unipac. E-mail: luizguilhermewintherdecastro@hotmail.com